28.4 C
Belo Horizonte
InícioSegurançaMP deflagra operação contra frigoríficos em Formiga por venda de carne imprópria...

MP deflagra operação contra frigoríficos em Formiga por venda de carne imprópria para consumo, incluindo merenda escolar

Com informações: MPMG

Nesta segunda-feira, 18 de março, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu início à Operação Fort Summer, com o intuito de investigar frigoríficos na cidade de Formiga que estavam envolvidos em uma série de crimes, incluindo a comercialização de carne inadequada para o consumo humano, que, alarmantemente, estava sendo fornecida para a merenda escolar de escolas municipais.

A operação, conduzida pela 2ª e 4ª Promotorias de Justiça de Formiga, recebeu apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) regional Centro-Oeste, do Procon Estadual, do 2° Pelotão da 7ª Companhia PM de Meio Ambiente e do 63° Batalhão da Polícia Militar. Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em residências e empresas dos investigados.

A investigação teve início em um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo MPMG para apurar crimes que incluem furto/receptação de gado, maus-tratos a animais, falsidade ideológica e delitos ambientais. Durante as diligências, foi descoberto que os envolvidos mantinham um depósito onde vendiam produtos alimentícios adulterados ou corrompidos, inclusive misturando gêneros e mercadorias de espécies diferentes para vendê-los como puros, a preços inflacionados.

Os investigados adquiriam animais doentes a preços reduzidos, realizavam abates clandestinos e comercializavam a carne imprópria para consumo, colocando em risco a saúde pública. Há indícios também de lavagem de dinheiro, que estão sendo investigados.

Destaca-se que boa parte dessa carne imprópria estava sendo destinada à merenda escolar, uma vez que as empresas envolvidas conseguiam vencer licitações municipais devido aos preços artificialmente baixos.

Outra grave constatação foi a falta de observância dos procedimentos legais para o abate de animais, resultando em maus-tratos, em desacordo com a legislação ambiental. Além disso, os investigados utilizavam de maneira indevida selos públicos, como as etiquetas e carimbos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), para benefício próprio.

A operação contou com a participação de promotores de Justiça, policiais militares do Policiamento de Meio Ambiente e do 63º Batalhão, policiais do Gaeco e civis, além de servidores do MPMG.

 

RELACIONADOS
Feito com muito 💜 por go7.com.br