Na manhã desta quinta-feira, 23 de maio, a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portugal deteve um homem nas proximidades da sede do partido Chega, em Lisboa. O suspeito declarou estar em posse de uma bomba e tinha a intenção de assassinar André Ventura, líder do partido.
Detalhes do Incidente
O incidente ocorreu por volta das 11 horas, quando o homem entrou no quarto andar do edifício onde está localizada a sede do Chega. Exibindo comportamentos erráticos e fazendo várias ameaças, ele afirmou estar preparado para atacar Ventura. Contudo, o líder do partido não estava presente, pois encontrava-se na Madeira em campanha para as eleições regionais.
Após a intervenção da PSP, foi constatado que não havia qualquer material explosivo no local, e o suspeito foi detido sem incidentes adicionais.
Contexto Político
O partido Chega, fundado em 2019, rapidamente ascendeu no cenário político português. Nas eleições mais recentes, tornou-se a terceira maior força no Parlamento, obtendo 18,06% dos votos e garantindo 48 dos 230 assentos disponíveis. No pleito legislativo antecipado de 2022, o Chega conseguiu eleger 12 parlamentares, solidificando sua posição como a terceira maior potência política nacional.
Sobre André Ventura
Nascido em 15 de janeiro de 1983, André Ventura iniciou sua carreira política no Partido Social Democrata (PSD), um dos principais partidos da coalizão de centro-direita em Portugal. Ventura foi eleito vereador pelo PSD em 2017, mas renunciou ao cargo em 2018, mesmo ano em que deixou o partido, alegando sentir-se “traído”. Em 2019, fundou o Chega e, em 2021, concorreu à presidência de Portugal, ficando em terceiro lugar com mais de 490 mil votos.
Ventura possui formação em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e um doutorado em Direito Público pela Universidade de Cork, na Irlanda. Ele se autodefine como “liberal na economia e conservador nos costumes”.
