O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Região dos Inconfidentes, composta por Itabirito, Ouro Preto e Mariana, enfrenta uma ameaça iminente de greve devido ao atraso no pagamento dos funcionários. A principal razão para a possível paralisação é o não recebimento dos salários até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalho, uma situação que se tornou particularmente evidente em 7 de março de 2024.
O impasse surge da falta de transferência de recursos por parte da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais para os municípios consorciados, responsáveis pelo financiamento do Samu na região. Embora a Prefeitura Municipal de Itabirito esteja em dia com seus pagamentos, o atraso ocorre devido à falta de repasse do estado.
O Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS), responsável pela gestão e execução do serviço, depende inteiramente desses repasses para cumprir suas obrigações, incluindo o pagamento dos servidores. Apesar dos esforços do CIAS e das prefeituras para receber os repasses estaduais, até o momento, não houve sucesso.
A situação é ainda mais grave porque o CIAS não possui fonte de renda própria, dependendo exclusivamente dos repasses dos entes envolvidos. Isso resultou no atraso nos salários dos colaboradores, o que pode levar a uma paralisação do serviço.
Diante desse cenário, é crucial que o Estado de Minas Gerais efetue o repasse dos recursos destinados ao Samu Regional com urgência. A possibilidade de greve não apenas afeta os profissionais de saúde, mas também coloca em risco o atendimento de urgência e emergência à população. O presidente da Câmara de Itabirito, vereador Pastor Anderson do Sou Notícia (MDB), tem cobrado a prestação de serviços do Samu no município, enfatizando os atrasos constantes no socorro às vítimas e outros problemas estruturais.
