Brasília foi palco de uma prisão preventiva nesta quinta-feira (24), quando Wilmar Lacerda, ex-presidente do PT do Distrito Federal e ex-secretário de Administração do governo de Cristovam Buarque, foi detido sob acusação de envolvimento em um esquema de exploração sexual de menores de idade. Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Lacerda estaria vinculado a um esquema envolvendo garotas de programa com idades entre 12 e 13 anos.
A investigação, que faz parte da Operação Predador, teve início após a apreensão do celular de um suspeito de 61 anos, no qual foram encontradas mensagens trocadas com Lacerda. Essas mensagens sugerem uma negociação para contratação de menores e a realização de eventos em uma propriedade rural, onde, segundo a polícia, eram promovidos encontros com adolescentes.
A prisão de Lacerda foi autorizada pelo tribunal criminal de Itapoã, uma cidade próxima a Brasília, e realizada na Asa Sul da capital federal. O ex-presidente do PT-DF foi conduzido para a delegacia, onde passou por interrogatório antes de ser encaminhado para uma cela.
Wilmar Lacerda já esteve envolvido em outros escândalos, incluindo o caso do Mensalão, no qual admitiu ter recebido R$ 381 mil como parte do esquema de corrupção liderado por Marcos Valério. Em 2017, chegou a assumir temporariamente o mandato de senador pelo PT em substituição a Cristovam Buarque.
Mesmo após esses episódios, Lacerda manteve influência dentro do Partido dos Trabalhadores, onde publicava comentários críticos ao atual governo do Distrito Federal, especialmente sobre a implementação de escolas cívico-militares promovidas pelo governador Ibaneis Rocha. Em textos na página oficial do PT, ele criticava a medida, apesar do apoio expressivo da comunidade escolar.
A prisão de Lacerda levanta novas questões sobre a transparência e os critérios de liderança dentro das esferas políticas, especialmente em meio a alegações graves como as que o ex-presidente do PT-DF agora enfrenta.
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