A recente pesquisa divulgada pelo Instituto Genial Quaest revela um aumento significativo na desaprovação dos investidores em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme os resultados obtidos com 101 participantes do mercado financeiro, a taxa de desaprovação saltou de 52% para 64% desde novembro do ano anterior, representando um aumento de 12 pontos percentuais.
A pesquisa também indica uma diminuição na avaliação considerada “regular” do governo Lula, passando de 39% para 30%, além de uma redução na porcentagem dos que o aprovam, que decresceu de 9% para 6%.
Realizada entre os dias 14 e 19 do mês corrente, a pesquisa incluiu gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os resultados apontam dois pontos críticos que contribuíram para a piora na avaliação do governo por parte dos investidores.
A decisão da Petrobras de não distribuir dividendos extraordinários aos acionistas foi julgada como incorreta por 97% dos entrevistados. Além disso, 89% expressaram preocupação com uma possível interferência governamental na Vale, prevendo uma redução nos investimentos estrangeiros no Brasil caso isso ocorra.
Apesar da queda na avaliação do governo Lula, a liderança de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda ganhou destaque. A aprovação do trabalho realizado por Haddad aumentou de 43% para 50%, enquanto a rejeição diminuiu de 24% para 12%.
No entanto, a pesquisa revela uma visão otimista em relação à economia para os próximos 12 meses, apesar do cenário político desfavorável. A expectativa de piora na economia caiu de 55% para 32%, enquanto aqueles que preveem estabilidade aumentaram de 24% para 47%. Quanto à inflação, 51% dos entrevistados acreditam que o governo está comprometido com seu controle, enquanto 49% discordam.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), 58% dos participantes acreditam em um aumento, em linha com a previsão do mercado de 1,78%.