Para enfrentar o aumento da demanda por internações devido às doenças respiratórias sazonais, o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, está se preparando para dobrar sua capacidade de assistência. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou a abertura de dez novos leitos de terapia intensiva pediátrica, uma medida crucial para oferecer suporte adequado às crianças que necessitam de cuidados intensivos.
O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, destacou a importância dessa iniciativa para garantir a qualidade do atendimento durante o período de sazonalidade das doenças respiratórias em crianças. Com essa expansão, o Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) contará com um total de 20 leitos de UTI pediátrica no Hospital João XXIII, somando-se aos 16 já disponíveis no Hospital Infantil João Paulo II.
No contexto de aumento das internações, os números são expressivos: somente nos primeiros três meses do ano, o Hospital Infantil João Paulo II registrou mais de 14,6 mil atendimentos, com cerca de 70% desses casos relacionados a sintomas respiratórios. O mês de março, em particular, apresentou um aumento significativo, com quase 5 mil atendimentos e expectativa de alcançar até 7 mil atendimentos até o final do mês, representando um aumento de 130% em relação à demanda normal.
O secretário Baccheretti ressaltou que a equipe assistencial foi ampliada para garantir um atendimento eficaz, com a contratação de profissionais especializados, incluindo enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos intensivistas pediátricos e fisioterapeutas respiratórios. Além disso, os novos leitos estão equipados com tecnologia de ponta, incluindo ventiladores, monitores e camas elétricas, proporcionando um ambiente adequado para o tratamento intensivo.
Os leitos de terapia intensiva pediátrica serão ativados gradualmente, conforme a demanda, com previsão de estarem todos em pleno funcionamento até o final de março. O Hospital João XXIII também receberá casos encaminhados pela Central de Regulação do município, garantindo um fluxo adequado de pacientes e uma resposta ágil às necessidades de saúde da população.