Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o senador Cleitinho Azevedo e o deputado estadual Eduardo Azevedo denunciaram o que consideram uma tentativa de doutrinação ideológica em materiais didáticos utilizados no Colégio Tiradentes, instituição militar localizada em Minas Gerais. Segundo os parlamentares, o conteúdo dos livros apresenta uma abordagem tendenciosa sobre temas históricos e políticos.
Os deputados alegam que o material financiado com recursos públicos favorece governos de esquerda e critica gestões de direita, incluindo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os pontos questionados, destacam trechos que supostamente incentivam relações comerciais com regimes comunistas e ditatoriais em detrimento dos Estados Unidos. Além disso, criticam a associação da extrema-direita europeia ao regime nazista de Adolf Hitler e a caracterização do regime militar brasileiro como uma “ditadura civil-militar”.
Outro ponto polêmico levantado pelos parlamentares é a abordagem sobre a Operação Lava Jato e o ex-presidente Lula. Segundo eles, o material minimiza as acusações contra o petista ao afirmar que não foram encontradas provas concretas. Já em relação à pandemia de Covid-19, os deputados dizem que o material responsabiliza exclusivamente o governo Bolsonaro, sem mencionar a atuação de estados e municípios.
Diante das denúncias, Cleitinho e Eduardo Azevedo encaminharam um pedido ao governador Romeu Zema para a retirada dos livros das escolas estaduais e acionaram o Ministério da Educação para esclarecer a aprovação e distribuição do conteúdo. Além disso, fizeram um apelo para que pais de alunos fiscalizem os materiais didáticos utilizados.
A repercussão do caso levou a Polícia Militar de Minas Gerais a se manifestar. Em nota oficial, a Rede de Colégios Tiradentes afirmou que os materiais didáticos adotados seguem as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Federal nº 9.394/1996). No entanto, diante das denúncias, a instituição nomeou uma comissão extraordinária para revisar o conteúdo e avaliar a necessidade de eventuais ajustes.
O diretor de Educação Escolar da Polícia Militar, Coronel Sandro Vieira de Corrêa, reforçou que a instituição preza por uma formação crítica e consciente dos alunos, garantindo imparcialidade e responsabilidade no ensino.
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