Na manhã desta terça-feira (19/3), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) iniciou a operação Blot, com o objetivo de investigar uma ampla gama de crimes, incluindo formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas entre estados, roubos, falsificação de documentos públicos e violação de sigilo funcional.
A ação, que ocorreu na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Capitólio, Francisco Sá e Cuiabá (Mato Grosso), concentrou-se em líderes de uma organização criminosa que opera em todo o país, bem como indivíduos que auxiliam o grupo no processo de lavagem de dinheiro e outras atividades financeiras ilícitas.
Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de prisão e uma prisão em flagrante por uso de documento falso. Além disso, 27 mandados de busca e apreensão foram executados, resultando na apreensão de automóveis, documentos falsificados, uma arma de fogo, bloqueadores de sinais e outros itens de interesse para as investigações, juntamente com o bloqueio de mais de R$ 100 milhões.
Três suspeitos ainda estão foragidos, sendo que um deles está na lista de procurados de Minas Gerais.
A operação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
Investigações revelaram que os suspeitos teriam lavado milhões de reais em benefício dos membros da organização criminosa nacional, usando empresas fictícias em diversos setores, como distribuição de bebidas, postos de combustível e cobrança, além de veículos, imóveis e um sistema conhecido como “contas de trânsito”.
Durante as investigações, a PCMG mapeou apreensões de fuzis na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que coincidem com os locais controlados pelos integrantes da facção criminosa. Diversas cargas de drogas, incluindo cocaína, maconha e haxixe, foram identificadas e aparentemente associadas à organização criminosa.
Um destaque da operação foi a prisão de uma mulher identificada como a principal operadora financeira do grupo em Minas Gerais. A suspeita foi detida em Cuiabá, em uma ação conjunta com a Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT). De acordo com as investigações, ela era responsável pela criação de empresas fictícias, recrutamento de pessoas para contas de trânsito e produção de documentos falsificados.
Também foi preso um corretor de imóveis da região de Capitólio, suspeito de movimentar milhões de reais para a organização criminosa. Ele possui diversos registros por estelionato e apropriação indébita.
As investigações continuam em andamento.