O Pantanal registrou um aumento alarmante no número de focos de incêndio em 2024. Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) mostram que de janeiro até o dia 29 de junho, foram contabilizados 3.538 focos, um aumento de 2.018% em relação ao mesmo período de 2023. Este é o maior número registrado desde o ano 2000, superando o recorde de 2020.
Em um único dia de junho, foram identificados 435 focos de incêndio no bioma. Em 2020, que até então detinha o recorde, o Pantanal teve 2.534 focos entre janeiro e junho, acumulando 22.116 focos ao longo do ano.
Para controlar os incêndios, integrantes da Força Nacional chegaram a Corumbá (MS), uma das cidades mais afetadas, no sábado (29). Dos 3.538 focos registrados, 2.356 estão em Corumbá, representando 66% do total. Na sexta-feira (28), o Ministério da Defesa aprovou o apoio das Forças Armadas no combate ao fogo. O primeiro avião da Aeronáutica chegou a Corumbá e despejou cerca de 12 mil litros de água sobre os incêndios.
Atuação das Forças Armadas
O Comando Operacional Conjunto Pantanal II foi ativado na sexta-feira, embora as Forças Armadas já estivessem atuando na região desde 5 de junho. A Marinha empregou 250 militares, viaturas e aeronaves no combate ao incêndio na calha do Rio Paraguai. O Exército também mobilizou militares no controle de focos nas proximidades do Forte Coimbra, em Corumbá, utilizando seis helicópteros, dois aviões e diversas embarcações.
