É fato que em 2024 e 2025 o Brasil está sucumbindo a uma grave crise alimentar, com super-taxação de empresas e consumidores. Na realidade, os problemas com fome e falta de alimentos, principalmente os nutritivos e sustentáveis, incidem em populações crescentes em todo o mundo. Desnutrição e interrupções na cadeia de suprimentos – sob a influência negativa de mudanças climáticas – geram uma urgente necessidade de suprimentos confiáveis de alimentos. Infelizmente, essa demanda se torna cada vez maior devido a instabilidades geopolíticas.
O interessante é que, a despeito dos desafios econômicos e sociais em nosso país, conforme o World Economic Forum (WEF – Fórum Econômico Mundial), não apenas o Brasil, mas toda a América Latina (região que vai do México, na América do Norte, até o extremo sul da América do Sul, entre Argentina e Chile) pode ajudar, e muito, a salvar o planeta da crise alimentar global.
Em reportagem publicada em 6 de janeiro de 2024 pelo site do WEF, a entidade apontou que a América Latina “está estrategicamente posicionada para lidar com a escassez global de alimentos, oferecendo três ingredientes vitais: potencial de produção massivo, uma posição geopolítica neutra e uma forte fonte de mão de obra (WEF, 2024).
CRISE MUNDIAL DEPENDE DO AGRO LATINO E BRASILEIRO
O Fórum Econômico Mundial reconhece que a humanidade enfrenta ameaças sem precedentes à segurança alimentar. No entanto, a América Latina tem um “enorme potencial de produção, laços comerciais estabelecidos com as maiores economias do mundo e uma forte fonte de mão de obra (…), está pronta para desempenhar um papel fundamental no enfrentamento da escassez global de alimentos” (WEF, 2024).
O que é uma notícia animadora em relação a uma situação antiga e sempre preocupante que é a crise alimentar mundial. As perspectivas são perturbadoras: a WEF, com a Organização das Nações Unidas (ONU), projetou que a população global chegará a quase 10 bilhões até 2050, o que significará um aumento de 60% na produção de alimentos necessários para atender às populações.
Literalmente, o mundo pede ajuda ao Agro da América Latina, bem como às relações comerciais e aos incentivos governamentais nesse setor. Para se ter uma ideia, “a agropecuária brasileira tem subsídio 92,6% menor em relação ao valor da produção do que a média dos 38 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, comenta Daniel Azevedo Duarte, no site da Agrofy. Ainda segundo ele: “A conclusão é possível a partir do artigo ‘Subsídios agrícolas: Brasil x mundo’ de Décio Luiz Gazzoni, membro do Conselho Científico Agro Sustentável, que analisa o tema”.
AGRO BRASILEIRO PODE MUITO MAIS – SE O GOVERNO QUISER
Gazzoni pontua que “houve o tempo em que agricultores brasileiros recebiam diversos subsídios, em especial nas taxas de juros de crédito agrícola. Pois esse tempo passou” (AGROFY). Mesmo assim, o Agro brasileiro tem grande influência no PIB brasileiro, e é notável que o agronegócio continue competitivo apesar da falta de incentivos estatais.
Enfim, diante do problema da progressiva escassez de alimentação nutritiva mundial, é necessário maximizar resultados positivos para a saúde.
Isso quer dizer, basicamente, combater a desnutrição – tão presente historicamente no Brasil; inclusive com o genocídio de povos indígenas por subnutrição, doenças como malária e tráfico de minérios na Amazônia, situação diante da qual o governo atual tem se mostrado omisso.
VALOR NUTRICIONAL DE ALIMENTOS
A América Latina, apesar de todas as suas dificuldades, como as rupturas políticas entre seus países e a pobreza, deve ser priorizada no mundo como parte crucial da solução para fornecer alimentos com maior valor nutricional, em maior quantidade, para inúmeros lugares. O Brasil se destaca não apenas pelas riquezas produtivas da Amazônia – que muitas vezes parece uma “moeda de troca” para com governos estrangeiros que a tem explorado massivamente, a exemplo de China e Rússia. É que temos outras riquezas naturais e aparatos comerciais para nosso próprio consumo e para consumo mundial, desde que haja incentivo para a produção de recursos e que estes sejam bem administrados e distribuídos.
Para terminar, a fome é, sim, um problema milenar e avassalador no planeta, que, como dito, se tornará mais desafiador conforme a população mundial for aumentando. Por outro lado, não só a América Latina, mas o Brasil poderia contribuir muito mais, se os interesses estatais estivessem mais voltados ao desenvolvimento do país com eficiência, justiça e democracia de verdade. Como eu digo: o Brasil não é um país pobre, o Brasil é um país corrupto, marcado por uma endemia de séculos de vilipêndio, sob o arcaico sistema patrimonialista de gestão pública, que dá a mão ao nem mais tão simpático “jeitinho brasileiro”.
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