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Especialistas apontam ineficácia na isenção de impostos para importados como estratégia de combate à inflação

A recente decisão do governo federal de zerar o imposto de importação para uma série de alimentos, incluindo milho, carne, café e açúcar, tem sido amplamente criticada por entidades do setor produtivo. Segundo representantes dos produtores, a medida não deve surtir o efeito esperado de reduzir os preços dos alimentos, pois não há fornecedores internacionais capazes de competir com os valores praticados pelo Brasil.

Paulo Bertolini, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), classifica a iniciativa como “inócua” e afirma que o governo está intervindo no mercado sem compreender seus impactos. Ele destaca que o milho brasileiro é altamente competitivo, com uma produção estimada em cerca de 120 milhões de toneladas, o que coloca o país entre os principais exportadores globais. Segundo Bertolini, a oferta mundial do grão está em um dos níveis mais baixos da história, encarecendo seu preço de forma generalizada. “O produtor rural não pode ser culpado pela inflação”, enfatiza.

O mesmo ocorre no setor cafeeiro. Aguinaldo Lima, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), argumenta que a medida dificilmente trará alívio aos consumidores. “O preço do café é uma questão global, não apenas do Brasil”, explica. A escassez internacional e a forte demanda mantêm o valor do grão elevado, tornando inviável uma redução significativa nos preços internos por meio da importação.

A isenção também se estende a outros produtos, como óleos vegetais, azeite e sardinha. O governo justifica a medida como parte dos esforços para conter a inflação dos alimentos, um dos principais fatores de pressão sobre o custo de vida no país. No entanto, especialistas apontam que o efeito pode ser limitado, já que muitos desses produtos possuem uma produção nacional robusta e sua importação não se traduziria em concorrência efetiva nos preços internos.

A medida foi anunciada após reunião com representantes de diversas entidades do setor alimentício, incluindo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Resta agora aguardar os próximos meses para avaliar se a política surtirá o efeito desejado pelo governo ou se será, de fato, uma medida sem impacto prático sobre os preços dos alimentos no Brasil.

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