Uma investigação da Polícia Federal identificou que o advogado Rodrigo Gonçalves Pimentel, filho do desembargador Sideni Pimentel, recebeu aproximadamente R$ 21 milhões da JBS entre 2022 e 2023. A informação foi divulgada pela revista Piauí, apontando Rodrigo Pimentel como figura central em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
A JBS, controlada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, defendeu-se das acusações, alegando que os valores foram pagamentos legítimos por serviços advocatícios. Entretanto, a Polícia Federal questiona a magnitude dos valores transferidos em tão curto período, considerando também o histórico da JBS em casos de corrupção.
A investigação revelou outras conexões suspeitas de Pimentel, incluindo uma transferência de R$ 275 mil para a advogada Emmanuelle Silva, envolvida em um golpe contra um aposentado e presa por estelionato. Além disso, durante a operação Ultima Ratio, R$ 3 milhões foram encontrados em espécie na casa do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, outro suspeito no esquema.
O caso também destaca o envolvimento de outras figuras importantes: a advogada Mirian Ribeiro Gonçalves, que representa a J&F, controladora da JBS, e o lobista Andreson, ambos sob investigação. Além disso, o ex-ministro Ricardo Lewandowski e Roberta Rangel, esposa de Dias Toffoli, ofereceram pareceres e decisões favoráveis à J&F, enquanto Joesley Batista participou recentemente de reuniões com Celso Amorim, assessor de Lula.
No Supremo Tribunal Federal (STF), o caso é relatado por Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula. Essa rede de conexões políticas e jurídicas chama atenção para o alcance e influência do grupo JBS e para a necessidade de apuração rigorosa das possíveis irregularidades.
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