A companhia aérea Azul concluiu na última quarta-feira (29) sua reestruturação financeira, com a eliminação de quase US$ 1,6 bilhão em dívidas e a captação de US$ 525 milhões em novos investimentos. A reestruturação, iniciada em 2024, teve como objetivo enfrentar os prejuízos causados pela pandemia e os altos custos corporativos que afetaram a companhia nos últimos anos.
O acordo envolveu negociações com arrendadores, fabricantes e detentores de títulos de dívida, que aceitaram converter parte das obrigações financeiras em ações da Azul. Com a conclusão dessa etapa, a empresa não só reduziu significativamente suas dívidas, mas também aumentou seu caixa, o que garante mais segurança para suas operações.
“Foi um dia importante e extremamente simbólico, pois vai trazer mais estabilidade para o nosso negócio e contribuir para alavancar a Azul para um novo patamar”, afirmou o CEO da Azul, John Rodgerson, sobre a conclusão do processo.
A reestruturação envolveu a transformação de parte das dívidas em 94 milhões de novas ações e a melhoria das condições para pagamentos futuros. Isso reduziu a dependência da Azul em relação às dívidas, diminuindo a alavancagem de 4,8x para 3,4x, o que contribui para um futuro financeiro mais sólido. A companhia também projeta uma redução de cerca de R$ 1 bilhão por ano nos custos com juros.
Em relação a uma possível fusão com a Gol, Rodgerson afirmou que, independentemente dessa negociação, a reestruturação era essencial para o futuro da Azul. No entanto, o CEO da Latam, Jerome Cadier, comentou que fusões não são a solução ideal para resolver problemas de dívida, sugerindo que uma reestruturação, como a realizada pela Azul, é o caminho mais eficaz.
Para os passageiros, a reestruturação representa maior segurança operacional e continuidade nos investimentos em serviço e modernização da frota. Já para os investidores, a empresa agora apresenta uma situação financeira mais estável e uma maior capacidade de crescimento no mercado.
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