Nos últimos cinco anos, o Hospital João XXIII, referência em urgência e emergência na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, registrou mais de 26 mil internações devido a acidentes envolvendo motocicletas. Em 2024, a média diária de atendimentos subiu para 20, um aumento de cinco casos em relação a 2023.
O crescimento do número de acidentes está diretamente ligado à precarização de serviços como mototáxi e delivery. Segundo especialistas, cerca de 80% dos pacientes internados nos últimos dois anos trabalham nessas funções. Apenas nos primeiros 23 dias de 2025, 383 atendimentos foram realizados no hospital.
Desde 2020, quando a pandemia de COVID-19 impulsionou o setor de entregas, o volume de internações no hospital vem crescendo. Em 2020, foram 4.443 casos, número que aumentou 7,9% no ano seguinte, chegando a 4.795. Houve uma leve queda em 2022, com 4.715 internações. Já em 2023, os registros subiram para 5.707, um aumento de 21%, seguido por um salto de 27% em 2024, totalizando 7.227 atendimentos.
Falta de regulamentação agrava o problema Dados do painel de monitoramento de acidentes do Governo de Minas Gerais apontam que, em 2024, ocorreram 20.221 sinistros com motocicletas em Belo Horizonte. Destes, 10.034 envolveram vítimas, sendo 7.897 com ferimentos leves e 850 graves. No total, 91 pessoas perderam a vida.
A falta de regulamentação do transporte por motocicletas na capital é um dos fatores que contribuem para o aumento dos acidentes. Desde 2018, a Lei 13.640 permite esse serviço em todo o território nacional, mas delega aos municípios a responsabilidade pela regulamentação e fiscalização.
Motociclistas que atuam no setor relatam que o número de acidentes disparou com a chegada dos aplicativos de transporte por moto. Muitos profissionais utilizam cadastros falsos ou pilotam sem habilitação, aumentando os riscos no trânsito.
Manifestação contra possível suspensão do mototáxi
A possibilidade de suspensão do mototáxi em Belo Horizonte levou centenas de motociclistas a protestarem em frente à Prefeitura, na Avenida Afonso Pena, no dia 23 de janeiro. O ato foi uma reação ao pedido da Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MG) para interromper o serviço por 90 dias, enquanto se discute uma possível regulamentação.
Diante da pressão, o representante regional do Ministério do Trabalho, Carlos Calazans, recuou na solicitação, e o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), transferiu a responsabilidade para o Governo Federal.
O debate sobre a regulamentação do setor continua, enquanto os números mostram que o problema dos acidentes com motocicletas só cresce, sobrecarregando o sistema de saúde e colocando em risco a vida de trabalhadores e pedestres.
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