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Pesquisa da USP identifica composto em veneno de escorpião que pode ajudar no combate ao câncer de mama

Cientistas da USP descobrem molécula em veneno de escorpião da Amazônia com potencial para tratar câncer de mama


Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP) fizeram uma descoberta promissora: uma molécula isolada do veneno do escorpião Brotheas amazonicus, espécie nativa da Amazônia, apresentou potencial para ser usada no tratamento do câncer de mama.

O composto, batizado de BamazScplp1, demonstrou, em estudos laboratoriais, capacidade de provocar a morte de células tumorais de maneira semelhante à ação do paclitaxel, um dos principais medicamentos quimioterápicos usados atualmente contra o câncer de mama.


Como a molécula age?

De acordo com os pesquisadores, os testes iniciais mostraram que a BamazScplp1 interfere no ciclo de divisão das células tumorais, causando um tipo de morte celular programada conhecido como apoptose. Esse processo é semelhante ao mecanismo de ação de alguns quimioterápicos, mas, segundo os cientistas, com indícios de menor toxicidade para células saudáveis.

“O resultado é animador porque conseguimos uma ação antitumoral expressiva com uma molécula natural ainda pouco explorada pela ciência”, explicou o pesquisador Norberto Peporine Lopes, um dos coordenadores do estudo.


Próximos passos da pesquisa

A equipe da FCFRP-USP agora trabalha na realização de testes pré-clínicos em modelos animais, além de análises para entender melhor a segurança, a dosagem e o potencial de produção em larga escala da molécula.

Se os próximos testes forem bem-sucedidos, a substância poderá seguir para a fase de ensaios clínicos em humanos — uma etapa que ainda pode levar anos, mas que representa um avanço importante na busca por novos tratamentos oncológicos.


Câncer de mama no Brasil

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em 2025, a estimativa é de mais de 74 mil novos casos da doença no país. Por isso, novas terapias que possam ser mais eficazes e menos tóxicas são vistas com grande interesse pela comunidade científica.


Biodiversidade brasileira a serviço da medicina

A descoberta reforça o potencial da biodiversidade brasileira como fonte de novas moléculas bioativas com aplicações farmacêuticas. O veneno de escorpiões, cobras e outros animais peçonhentos tem sido objeto de estudo por décadas, e novas descobertas como a da BamazScplp1 renovam as esperanças de avanços terapêuticos.

A pesquisa foi publicada recentemente na revista científica Toxins, especializada em toxinas naturais.

Leia mais: Pesquisa da USP identifica composto em veneno de escorpião que pode ajudar no combate ao câncer de mama

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