Pastor confessa assassinato de adolescente em Ribeirão das Neves, diz polícia

A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando o caso para esclarecer todas as circunstâncias do crime.

fevereiro 12, 2025

O pastor João das Graças, de 54 anos, confessou ter matado a adolescente Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu no último domingo (9), e o suspeito foi preso nesta terça-feira (11), segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

De acordo com o documento, testemunhas relataram ter visto a menina entrando em um carro no dia do crime. Outra pessoa informou que um homem foi visto agredindo uma mulher na mesma região. A partir da placa do veículo identificada por uma das testemunhas, os policiais localizaram o suspeito e entraram em contato com sua esposa, que afirmou que o marido, pastor na cidade, estava desaparecido desde o dia do sumiço da adolescente.

O homem foi encontrado na casa da mãe e, ao ser abordado, não ofereceu resistência. Ele confessou o assassinato e indicou o local onde havia deixado o corpo de Stefany. A adolescente foi encontrada em uma área de mata na divisa entre Esmeraldas e Ribeirão das Neves, próximo ao bairro onde tanto ela quanto o suspeito moravam. O caso segue sob investigação.

Comunidade em luto: ‘Uma menina meiga e de igreja’

A morte de Stefany Vitória chocou os moradores da região. Amigos e vizinhos descrevem a adolescente como uma jovem gentil e religiosa. “Eu vi a Stefany crescer. A mãe dela mora uma rua abaixo da minha. Uma menina meiga e de igreja. O sentimento é de revolta por saber que quem fez isso com ela foi alguém que tinha bom relacionamento com a família. Nosso bairro está de luto por esse crime horrível”, lamenta a dona de casa Kelly Suelen, de 37 anos.

Outra moradora, que preferiu não se identificar, lembrou do momento em que a família da vítima se mudou para o bairro Metropolitano. “Ela era tão novinha. Uma garota muito educada. Difícil acreditar que perdemos nossa menina. Mais difícil ainda é saber que o pastor teve a coragem de fazer isso com ela”, disse.

‘Jamais imaginávamos’

A prisão do suspeito causou perplexidade entre os moradores. “Ele se fazia de bom homem. Dava festas no Dia das Crianças, distribuía marmitas. Nunca ninguém desconfiou dele. Estamos em choque. Ele acabou com nosso bairro e com toda a comunidade com essa atrocidade. Isso nunca tinha acontecido”, afirmou Kelly.