Uma professora da Escola Estadual Três Poderes, no bairro Itapoã, em Belo Horizonte, foi agredida por um aluno do ensino médio na tarde desta segunda-feira (5 de maio). O incidente ocorreu após a docente pedir que o estudante aguardasse o intervalo para ir ao banheiro e solicitasse que ele parasse de usar o celular em sala. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) já iniciou uma apuração do caso.
O momento da agressão foi registrado em vídeo por outro aluno e circulou pelas redes sociais. As imagens mostram o estudante tentando sair da sala à força, sendo impedido pela professora. Ele então a empurra, fazendo com que ela caia no corredor. O adolescente continua a discussão, gritando com a docente, e logo depois retorna à sala, pedindo para os colegas pararem de filmar.
Apesar da queda, a professora não precisou de atendimento médico. Um boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Militar. Os pais do aluno informaram que ele é diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), mas admitiram que os laudos médicos não haviam sido apresentados à escola antes da ocorrência.
Providências e investigação
A SEE/MG informou, por meio de nota, que a direção da escola tomou as medidas cabíveis, acionando a Polícia Militar e os responsáveis legais do aluno. A Superintendência Regional de Ensino Metropolitana C também esteve na unidade para elaborar um relatório de inspeção, que será encaminhado ao Conselho Tutelar juntamente com o boletim da PM.
Como resposta institucional, a SEE anunciou ainda que será desenvolvido um trabalho interdisciplinar com a turma envolvida para discutir práticas de comunicação não-violenta. A pasta reiterou seu repúdio a qualquer forma de violência no ambiente escolar.
Nota da SEE/MG
“A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informa que a direção da escola adotou todas as medidas necessárias. […] Um trabalho interdisciplinar será desenvolvido junto à turma para tratar sobre comunicação não-violenta. A SEE/MG ressalta que repudia qualquer forma de agressão e violência no ambiente escolar.”
O caso levantou discussões sobre preparo das escolas para lidar com estudantes com necessidades específicas e os protocolos de comunicação entre famílias e instituições de ensino.