O Partido dos Trabalhadores (PT) desembolsou R$ 189,5 mil para impulsionar conteúdos digitais nas redes sociais, direcionados contra deputados e senadores que votaram pela derrubada do decreto presidencial que aumentaria as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A informação consta nos relatórios públicos da Meta, empresa proprietária do Facebook e Instagram, plataformas nas quais os anúncios foram veiculados.
Foram três vídeos produzidos com uso de inteligência artificial e uma fotografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrada durante sua visita à Bahia nesta semana. Cada vídeo superou a marca de um milhão de visualizações.
Mensagem contra “super-ricos”
O conteúdo impulsionado apresenta uma narrativa comum: a de que é necessário taxar os chamados “super-ricos” para viabilizar políticas econômicas sociais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — uma das principais bandeiras do governo para 2025.
Entre as campanhas, a que recebeu o maior investimento foi intitulada “Quem tem mais paga mais”, que sozinha consumiu R$ 90 mil do orçamento do partido. Os vídeos fazem referência direta ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros parlamentares, acusando-os de proteger interesses dos mais ricos em detrimento da população.
Já a foto impulsionada mostra Lula, em Salvador, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT-BA), segurando um cartaz com os dizeres “Taxação dos super-ricos”, confeccionado pelo próprio partido.
Confronto político
A ofensiva digital ocorre poucos dias após o governo Lula sofrer derrota no Congresso com a derrubada do decreto que ampliava o IOF. A votação foi considerada por aliados do Planalto como uma traição do presidente da Câmara, Hugo Motta, que havia negociado medidas compensatórias, mas acabou permitindo a tramitação e aprovação, por ampla maioria, de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) da oposição para sustar os efeitos do ato presidencial.
A mobilização virtual também ecoou em ações de militantes de movimentos como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a Frente Povo Sem Medo, que invadiram, na quinta-feira (4), a sede do Banco Itaú em São Paulo em protesto contra o sistema financeiro e pela taxação de grandes fortunas.
Pressão sobre o Congresso
A pressão exercida pelas redes sociais e pelas ruas chegou ao Congresso e, segundo fontes ouvidas por veículos de imprensa, já começa a produzir efeito. Alguns líderes partidários sinalizaram a possibilidade de retomar o diálogo com o governo sobre novas propostas de arrecadação e sobre a taxação dos mais ricos.
Enquanto isso, a oposição critica o uso de recursos partidários para o que chama de “ataque às instituições”, enquanto o PT sustenta que está apenas defendendo seus projetos econômicos e esclarecendo a população sobre as votações no Congresso.
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