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O Brasil dá tão pouco valor aos livros que eles custam caro demais

Sabemos que os livros e o setor de Educação em geral nunca foram prioridade no Brasil, e a situação parece ter se agravado ainda mais nos últimos tempos: os preços dos livros, por exemplo, estão disparados; ao menos nas maiores lojas da Internet. Há mais ou menos dois anos, se podia comprar um livro por 19,90 sem promoção, com frete grátis; hoje a “promoção” passa de 30 reais e chega a 60, mesmo para best sellers (mais vendidos). É inacreditável e triste ao mesmo tempo, mesmo que muitos não se importem com isso.

Na verdade, os livros, as leituras, a Educação e o conhecimento importam e muito a qualquer país, povo e pessoa. Como disse Caio Graco, o político filósofo romano (a frase não é de Mário Quintana, até onde ouvi falar): “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”. Quer dizer: os livros mudam as pessoas, que, por sua vez, podem mudar muitas coisas em razão de suas leituras; sejam ficção ou não, sejam livros da área profissional ou filosófica ou não.

Todo livro tem algo a nos ensinar, expande nossa mente e amplia nossa visão da vida, de nós mesmos e da diversidade.

Sabemos que o atual governo diminuiu as verbas para a Educação (e outras áreas), mas as emendas secretas sem transparência estão quase sempre em dia e aumentando no Congresso Nacional, em negociatas que soam subreptícias. Além disso, não param de surgir escândalos de desvios de bilhões, como no caso do INSS, cujas investigações, direta ou indiretamente, o próprio governo tentou ou está tentando obstruir. Mas eu falava de livros.

Estes que são isentos de certos impostos e, mesmo assim, nunca foram tão caros no Brasil. Não porque sejam preciosos: é a lei da oferta e da procura, não muito grande na terra brasilis, mas são principalmente as taxações e a inflação que oprimem o povo brasileiro sobre todos os objetos de consumo, dos alimentos mais básicos aos mais requintados. Mesmo e-books, sem custos de impressão, quase sempre têm um preço elevado, e mesmo em promoção.

Livro impresso, e até certos livros eletrônicos, hoje em dia, são artigos de luxo em um país que pouco lê.

Será que alguém está pensando em como diminuir o preço dos livros, impressos e eletrônicos, e facilitar seu acesso à população? Não apenas livros politizados ou doutrinários, como às vezes se vê por aí, mas todo tipo de livro para todo tipo de gente. Mais que isso, será que alguém está engendrando campanhas para estimular a leitura de livros desde a tenra idade, nas escolas, e depois nas universidades, e em qualquer lugar? Não é frequente ver isso no Brasil. Estão mais preocupados em apoiar a ditadura islâmica radical do Irã, delatar “o genocídio de Israel”, averiguar um suposto golpe todo baseado em suposições e até mentiras descaradas, manter a tal Debora do batom presa, garantir recursos populistas para uma possível reeleição do atual desgoverno, chamar todo mundo que delata o governo como desgoverno de “bolsominion”, etc.

Como já escrevi em outro artigo, vou terminar com uma citação “tupiniquim”. É Monteiro Lobato, um dos “nossos”, da nossa terra de tantos escritores geniais que nunca, digo nunca mesmo, foram suficientemente valorizados: “Um país se faz com homens e livros”. Homens, você sabe, pessoas. Espero que, se você chegou até aqui, não considere o fato de Lobato ser acusado de racismo — ele que retratou, como os escritores sempre fizeram, ainda que falem do futuro, sua sociedade e sua época. Espero que você pense em ler mais, descobrir novos autores, e se preocupe com o preço dos livros como com o preço do café. Ou quase isso.

Livros mudam pessoas. Quiçá lessem mais muitos dos que nos governam hoje e, assim, nos governassem melhor, em uma cultura mais acessível a todos e mais decisiva para os rumos do Brasil. Não desista dos livros; só eles sabem o quanto valem, não em dinheiro, mas em conhecimento, entretenimento e sabedoria.

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