Um policial civil de 42 anos provocou um incêndio na própria casa, no bairro Copacabana, região de Venda Nova, Belo Horizonte, nesta terça-feira (15). O episódio, segundo relatos de familiares, foi desencadeado pelo fim de um relacionamento de 16 anos. A madrasta do policial, Ester Gabriel Barreto, revelou que o homem estava em estado de surto desde quinta-feira (10), após uma série de brigas com sua companheira, que culminaram em agressões mútuas e na decisão de separação.
Segundo Ester, o policial, afastado da corporação por problemas médicos e em tratamento com medicamentos controlados, ameaçava tirar a própria vida nos últimos dias. Na manhã desta terça, ele retirou a mulher e o filho de 13 anos da casa, afirmando que “só sairia no caixão”. Logo depois, ele ateou fogo na residência.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta do meio-dia para combater o incêndio em um imóvel de dois andares. Durante as negociações, o policial disparou tiros para o alto e, em um momento de maior tensão, atirou contra o próprio abdômen. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado em estado grave a um hospital.
A madrasta contou que o policial havia passado a noite sozinho, após intensas ameaças de suicídio. “Ele não aceitava o fim do relacionamento”, afirmou. Apesar de afastado da função, a origem da arma utilizada no episódio ainda é desconhecida, já que ele não possuía posse do armamento da corporação.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar foi acionado para auxiliar nas negociações. Após o ocorrido, a Defesa Civil de Belo Horizonte realizou uma vistoria na residência, e a Polícia Civil garantiu que os fatos serão investigados.
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