O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como vice-presidente, entrou no centro das investigações da Polícia Federal e agora será tema de uma CPI da Fraude no INSS, em meio a denúncias de um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias.
Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o sindicato teve um salto expressivo de faturamento: entre 2021 e 2023, a receita passou de R$ 41 milhões para R$ 149 milhões, totalizando um crescimento de R$ 100 milhões em pouco mais de três anos. O aumento coincidiu com a explosão no número de filiados: de 170 mil para 420 mil.
A Controladoria-Geral da União (CGU) detectou graves irregularidades. Em uma amostra de 26 aposentados descontados em folha, 20 afirmaram nunca ter se filiado à entidade. As suspeitas apontam para a chamada “venda casada”, onde aposentados, ao buscarem crédito consignado, eram induzidos a assinar filiação ao sindicato, autorizando descontos de 2,5% no valor do benefício.
Apesar de alguns processos judiciais favoráveis ao sindicato, com documentos de filiação e gravações, o TCU observou que 482,8 mil novas filiações surgiram em 2023 em datas próximas à assinatura de contratos de empréstimo.
A situação política interna também é conturbada. Apesar da ligação histórica com a Força Sindical, o Sindnapi é hoje liderado por Milton Cavalo, filiado ao PDT e aliado do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Frei Chico ocupa a vice-presidência desde 2023, ano em que o sindicato bateu recorde de novos filiados e de receita.
Na última semana, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) apresentou um requerimento para a instalação da CPI da Fraude no INSS, motivada pelas denúncias e pela operação “Sem Desconto” da Polícia Federal. Segundo ele, é imprescindível investigar o destino de R$ 6,3 bilhões que teriam sido desviados dos aposentados e pensionistas brasileiros.
Enquanto isso, a direção do Sindnapi afirma que mantém 80 postos de atendimento no país e que nenhum de seus dirigentes foi alvo direto das ações da PF.
As próximas semanas prometem tensão no Congresso, com a expectativa de novas convocações e possíveis quebras de sigilos para esclarecer o escândalo, já considerado um dos maiores golpes contra aposentados da história recente do país.
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