As grandes torrefadoras de café do Brasil, incluindo a JDE Peet’s, 3Corações e Melitta, anunciaram aumentos significativos nos preços de seus produtos no mercado interno, que devem entrar em vigor a partir do início de 2024. A principal justificativa para o aumento é a alta nos preços do café verde, impulsionada por condições climáticas adversas, como secas, no Brasil e no Vietnã, os dois maiores produtores de café do mundo.
A JDE Peet’s, que fabrica marcas como Jacobs, L’Or e Tassimo, aumentará seus preços em média em 30%. Outras empresas também seguem essa tendência: a 3Corações aplicará um aumento de 11% em janeiro, após já ter elevado seus preços em 10% em dezembro. A Melitta, por sua vez, aumentou seus preços em 25% recentemente, depois de um aumento de 12%. Essas elevações refletem a escassez de grãos e a alta de 30% nos preços internacionais do café verde nas últimas cinco semanas.
A escassez de café também se reflete no aumento da demanda e na instabilidade econômica global. As empresas, no entanto, estão buscando minimizar o impacto no consumidor, ajustando os preços de forma gradual, mas alertam que os aumentos podem continuar, especialmente devido ao impacto das mudanças climáticas nas safras.
Esses aumentos de preços são acompanhados por uma pressão crescente dos consumidores, que buscam alternativas mais baratas em meio à crise do custo de vida. O aumento nos preços pode também levar a uma desaceleração na demanda, com alguns consumidores optando por consumir menos café, principalmente nos mercados em desenvolvimento.
Com a alta dos preços do café, as multinacionais, como a Nestlé e a JDE Peet’s, enfrentam desafios no repasse desses aumentos aos consumidores, o que tem afetado suas ações no mercado.
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