As tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos, anunciadas pelo presidente Donald Trump, começaram a valer nesta quarta-feira (12). A medida, que visa reforçar a política de “Estados Unidos em Primeiro Lugar”, já provoca reações internacionais, com a União Europeia (UE) aplicando retaliações e a China prometendo tomar “todas as medidas necessárias” para defender seus interesses. O Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, também será impactado.
Em um movimento que reflete sua postura protecionista, Trump havia prometido, ainda em fevereiro, que não haveriam exceções para as tarifas, atingindo até mesmo os parceiros comerciais mais próximos dos EUA, como Canadá e México, que fazem parte do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC). A UE respondeu rapidamente, renovando tarifas sobre produtos americanos que estavam suspensas desde 2020, incluindo itens como bourbon, motos Harley Davidson e iates.
A China, maior produtora mundial de aço, criticou a medida e afirmou que ela violava as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), prejudicando o sistema comercial multilateral e gerando instabilidade no comércio global. Além disso, o governo chinês declarou que tomaria medidas para proteger seus direitos e interesses legítimos.
O impacto mais direto será sentido por países como o Canadá, maior fornecedor de alumínio e um dos maiores fornecedores de aço para os Estados Unidos, que agora enfrenta tarifas adicionais. Já o Brasil, junto com outros países como Índia, Argentina e México, terá de lidar com a interrupção nas cadeias de suprimento à medida que os compradores se ajustem às novas tarifas.
Impactos para o Brasil
Em relação ao aço, o Brasil é responsável por 17% das importações dos EUA, e as novas tarifas podem causar transtornos tanto para os fornecedores brasileiros quanto para as indústrias americanas que dependem desses insumos. Com a incerteza crescente sobre o comércio internacional, analistas apontam que os estoques elevados e a queda na demanda global podem dificultar a recuperação do setor.
A medida de Trump é uma continuação da política tarifária adotada em seu primeiro mandato, mas, desta vez, as tarifas são mais amplas e incluem uma maior gama de produtos metálicos, sem as exceções que beneficiavam países como Austrália, Canadá e México. A estratégia também é acumulativa, ou seja, será adicionada às tarifas já existentes, o que aumenta ainda mais a pressão sobre os países exportadores.
Reações globais e cenário econômico
As novas tarifas provocaram incertezas nos mercados internacionais, com nervosismo nas Bolsas de Valores e especulações sobre o impacto econômico dos impostos sobre o comércio. Alguns especialistas, como Clarke Packard, do Cato Institute, temem que o aumento nas tarifas possa gerar inflação nos Estados Unidos e complicar ainda mais as perspectivas econômicas, que já estão marcadas por temores de recessão.
Essa escalada de tarifas e retaliações pode afetar o comércio global e as economias nacionais, especialmente em momentos de instabilidade geopolítica e econômica. O impacto no Brasil, como o segundo maior fornecedor de aço dos EUA, destaca a necessidade de se ajustar rapidamente às novas realidades do comércio internacional, especialmente com o cenário desafiador que o país enfrenta no setor de minério de ferro e no comércio exterior em geral.
Cenário desafiador para o minério de ferro em 2025
O cenário para o minério de ferro em 2025 se apresenta desafiador, com uma previsão de retração na demanda global e incertezas no comércio internacional. As exportações de minério de ferro de Minas Gerais já apresentaram queda significativa, com uma redução de 32% nos primeiros dois meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.
Especialistas indicam que, com grandes estoques acumulados de minério e aço no mercado global e uma economia mundial que não demonstra sinais de crescimento forte, o minério de ferro não terá força suficiente para impulsionar a recuperação do setor, a menos que haja uma melhoria na demanda internacional.
Com esses desafios, o Brasil, que depende fortemente das exportações de commodities, especialmente o minério de ferro, poderá enfrentar dificuldades adicionais em 2025, principalmente se as condições econômicas globais não melhorarem.
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