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CVM Investiga Ministros de Lula por Nomeação a Cargo em Empresa Privada

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar três ministros do governo Lula, que assumiram cargos no Conselho de Administração da Tupy, uma empresa multinacional do setor metalúrgico, com ações negociadas na Bolsa de Valores. A investigação surge após o alerta sobre possível conflito de interesses e a falta de consulta formal à Comissão de Ética Pública (CEP), como exige a legislação.

Os ministros envolvidos são Carlos Lupi (Previdência), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Vinicius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União). A CVM questiona que, antes de aceitar os cargos, os ministros deveriam ter solicitado parecer formal sobre a presença de qualquer possível conflito de interesses. A nomeação, feita em 2023 pela BNDESPar (braço de investimentos do BNDES), provocou uma série de questionamentos e foi enviada à CEP apenas no final de 2023, após a intervenção da CVM.

A Tupy, embora uma empresa privada, tem estreitos laços com o governo federal, já que a BNDESPar e fundos de pensão estatais como a Previ (Banco do Brasil) e a Petros (Petrobras) detêm participação acionária significativa na empresa. A nomeação de ministros para o conselho de administração de empresas com participação do governo tem levantado preocupações, pois permite que os titulares recebam complementação salarial, o que eleva seus rendimentos a patamares do setor privado.

Os ministros ocupam diferentes posições dentro da Tupy, como Carlos Lupi no Comitê de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade, Anielle Franco no Comitê de Pessoas, Cultura e Governança, e Vinicius Marques de Carvalho no Comitê de Auditoria e Riscos Estatutário. Juntos, eles ultrapassam os R$ 83 mil mensais, somando seus salários públicos e remuneração da empresa, o que é quase o dobro do teto constitucional do funcionalismo público, fixado atualmente em R$ 46 mil.

Em outubro de 2023, após questionamentos da CVM, a CEP confirmou que, conforme a Lei de Conflito de Interesses, servidores federais precisam de autorização prévia para aceitar cargos em empresas privadas. A consulta tardia por parte dos ministros levanta sérias dúvidas sobre o cumprimento das normas de ética pública. A Comissão agora avaliará, até o próximo dia 24 de março, se os ministros violaram essas normas, o que pode resultar em censura ética, uma sanção que comprometeria a reputação dos envolvidos por três anos.

Este caso reflete as preocupações sobre a transparência e a ética nas nomeações para cargos públicos, especialmente em contextos que envolvem interesses privados e estatais. A decisão da CVM sobre o futuro dos ministros poderá impactar significativamente sua imagem pública e os rumos da investigação sobre possíveis conflitos de interesse.

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