A escolha do Pará como sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025 levanta questões complexas sobre a sustentabilidade do estado, que, apesar de ser palco de discussões globais sobre a preservação ambiental, segue como líder nacional em desmatamento. Dados do PRODES (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, desde 2006, o Pará tem sido o principal responsável pela perda da floresta amazônica, com 74,2 mil km² de vegetação destruída, representando 40,2% do desmatamento total na Amazônia Legal.
Em 2024, o Pará novamente liderou o ranking, com a perda de 2,4 mil km² de floresta, mais do que o dobro da área desmatada por Mato Grosso, o segundo colocado. Desde o início da série histórica do PRODES, em 1988, o estado já destruiu 172,4 mil km² de floresta, consolidando-se como o maior responsável pela devastação da Amazônia.
A contradição entre o discurso oficial do governo estadual, que tenta se posicionar como defensor da sustentabilidade, e a realidade dos números alarmantes do desmatamento, coloca o Pará em uma posição delicada, especialmente à medida que a COP30 se aproxima. A conferência, que reunirá líderes globais, promete destacar a importância da preservação da Amazônia, mas a política ambiental do estado levanta dúvidas sobre sua capacidade de promover uma verdadeira mudança.
Além disso, a construção de uma nova rodovia em Belém, prevista para facilitar o acesso à cidade durante a COP30, também gerou críticas de ambientalistas. Apesar de o governo do estado promover a obra como uma “rodovia sustentável”, moradores e especialistas apontam o risco de que a construção resulte em mais desmatamento e fragmentação da floresta, com impactos diretos na biodiversidade local. A estrada corta áreas protegidas e pode interromper o deslocamento de espécies, além de abrir novos caminhos para a destruição futura da floresta.
A rodovia, chamada de Avenida Liberdade, é um projeto antigo, iniciado em 2012, mas que só foi retomado após Belém ser escolhida como sede da COP30. O governo do Pará defende a obra, destacando seus benefícios para a mobilidade urbana e as comunidades locais, alegando que ela é um projeto independente do evento e que não envolveu a derrubada de mais floresta. No entanto, as críticas sobre o impacto ambiental continuam a crescer, e os moradores próximos ao traçado da rodovia temem que a infraestrutura traga mais desmatamento e que a promessa de benefícios não se concretize para as comunidades.
Embora o governo federal, juntamente com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizem que a COP30 será uma “cúpula histórica” para a Amazônia, a tensão entre as ações de preservação e os projetos de infraestrutura necessários para a conferência continua a ser um ponto central do debate. Enquanto Belém se prepara para receber milhares de visitantes, a cidade enfrenta o desafio de conciliar os investimentos em infraestrutura com a proteção da maior floresta tropical do mundo.
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