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O caso Léo Lins e a “utilização política tendenciosa do humor” como cortina-de-fumaça

Nunca fui exatamente sua fã, até meio que o contrário disso. Então estou tentando, apenas tentando ver com a maior imparcialidade possível. A despeito de o assunto estar “batido”, se mostra ainda muito vivo e é inevitável enfrentá-lo, para além de “os limites do humor e da liberdade de expressão” em uma visão superficial e, pior, partidária. Falo do caso Léo Lins.

Para quem não sabe, em suma: Léo Lins foi condenado a oito anos de prisão por piadas preconceituosas durante o show de stand-up denominado “Perturbador” (o nome já diz tudo). A condenação responde à ação do MPF de 2023, que denunciou conteúdos em que o humorista faz uma série de ofensas contra grupos vulneráveis e minorias. A juíza do caso (que já atuou juridicamente em favor de Moraes) sentenciou que atividade artística de humor não serve como “passe-livre” para prática de crimes. Além da pena, deverá pagar indenizações por danos morais coletivos.

As acusações saltam de um vídeo gravado em 2022, em que o humorista Lins faz declarações contra idosos, negros, obesos, HIV positivos, indígenas, homossexuais, evangélicos, nordestinos, judeus e portadores de deficiência. Parece pesado. Confesso que não vi o vídeo e não quero ver. Em 2023, foi retirado do ar por decisão judicial, com mais de 3 milhões de visualizações em certa plataforma.  

Sobre a decisão judicial, cabe recurso.

O CASO LÉO LINS E A UTILIZAÇÃO POLÍTICA TENDENCIOSA DO HUMOR

Incomoda a abordagem superficial e, pior, político-partidária do humor a partir do caso Léo Lins – vi poucos falarem nisso.

É verdade que houve agressões verbais a diferentes grupos sociais. Mas, surpresa: isso sempre aconteceu no humor e entre os humoristas. Léo Lins é um tipo de “bode expiatório” da questão – como é frequente haver na nossa sociedade. E esse “bode”, infelizmente, e até pela polarização no Brasil atual, se tornou politizado-partidário. Em tudo o que foi falado, me chama a atenção o que vou chamar de “utilização política tendenciosa do humor” no caso do comediante condenado.

Vários artistas vêm se pronunciando a favor de Léo Lins, da liberdade de expressão, bem como muitos direitistas e alguns que “fizeram o L” e ainda – surpreendentemente, em nossa caótica situação econômica, social, moral e ambiental – fazem. Outros artistas e celebridades alçam a voz condoreira contra as “aberrações” das piadas de Léo Lins. “Tudo tem limite, até o humor.”

É claro, foram ofensas. É claro, está na Lei brasileira que ofensas e preconceitos insidiosos devem ser punidos. Mas a acusação ou punição não pode ou deve ter lado político. E estas não devem ser reservadas a apenas um ou outro caso: imaginem se estendermos a régua, igualitariamente como manda a Lei, a outros humoristas. Só imaginem…

Nisso, leio no portal MSN que Pedro Cardoso, o sumido Agostinho Carrara de “A grande família”, apareceu para mencionar palavras-chave da Esquerda sobre Léo Lins, politizando totalmente o caso: “O stand up (sic) comedy virou um ninho de ideias fascistas, o ovo da serpente” (nenhum lulopetista, eles que utilizam tanto o termo “fascista”, jamais me explicou exatamente o que ele significa de forma concreta e sem atrelar ao bolsonarismo). O “eterno Agostinho”, daquele bom programa de humor em que seu personagem retratava a malandragem de muitos brasileiros com humor, continuou: “Discurso de ódio”; e arrematou, o sumido Pedro Cardoso: “Na verdade tem caráter político”.

Peraí. Querer culpar o tal “fascismo” e a Direita e “pegar Léo Lins para Cristo”, como dizem, em nome de politicagem, é desonesto. Só pode ser: há muitos outros artistas, e houve, que fizeram e fazem muitas piadas sobre todo tipo de grupo social. Sim, piadas. E piadas podem ofender. Porque elas mostram realidades de maneira satírica, como crítica social, ou então no modo “rir para não chorar”. Identificamo-nos até com os alvos do humor, e isso nos faz rir. Rimos de nós mesmos.

Mas abre aspas: sim, deve haver limites no humor. Que tipo de limites, não sei. Mas, se é para um, é para todos. E jamais se pode julgar o humor a partir de um partido ou uma posição política.

Lembrando que, a priori, qualquer coisa pode ofender alguém, cada um tem seus “gatilhos”. E grupos sociais não são nem devem ser uniformes: somos indivíduos únicos e essa é a nossa maior liberdade. É nosso maior triunfo, se assim quisermos.

FASCISMO? NAZISMO? ESTA DITADURA É BOA, AQUELA NÃO?

Por vezes sou chamada de “fascista”, ou até “nazista”. Ou, como é mesmo aquela pérola de um professor de Português que utilizou um perfil fake para me ofender? “Eva Braun tupiniquim.” Criativo. Digno de um professor de Português que, no perfil real, prega justiça social e acolhimento. E, claro, ferrenho petista. Eu não sou petista, mas ousei criticar seu candidato de estimação, seu governo querido, seu “bebê de colo”. Mas não é só ele.

Já recebi ofensas nas redes sociais de praticamente todos os lados, e não me engano: ocorre basicamente quando critico o governo Lula III, e olha que não me considero portadora de político (ou ao menos presidente) de estimação. Na verdade, estou cansada da polarização com toda a sua belicosidade. Mais que isso, da corrupção generalizada e de ideologias antigas sem prática.  

Sobre polarização: tentam me colocar rótulos, eu os recuso. Mas o que vejo, e gostaria de desver, e o mundo inteiro vê como viu até a Esquerda na França, repudiando Lula na semana passada: os maiores aliados do Brasil hoje são ditaduras violadoras de Direitos Humanos (como o são todas as ditaduras). E que o governo brasileiro está vendendo a Amazônia para China, Rússia, França e financiando ditaduras como Angola, Venezuela, Cuba, direta ou indiretamente. E prejudicando a indústria nacional em favor de contratos vantajosos para os chineses, não tanto para a terra onde já cantou, mas hoje tem medo de cantar, o sabiá.

Terra esta que queima na seca, no tráfico de minérios, em invasões do MST em terras produtivas, queima criminosa e impune de fazendas, e no abandono de povos indígenas e ribeirinhos – mas o que importa é que Marina Silva, a ministra do Meio Ambiente, teria sido agredida por ser mulher. Acho que a ministra deveria se preocupar mais em ser uma boa ministra, quem sabe sobrassem menos críticas a ela em geral.

Ademais, o governo Lula “antifascista” quer representantes chineses para ensinarem a regular as redes sociais, não bastasse o rigoroso Programa de Combate à Desinformação (PCD) do STF, chefiado pelo “perdeu, mané” e “vencemos o bolsonarismo” ministro Barroso (soa um pouco parcial?). Os motivos? Pergunte a pessoas como Pedro Cardoso – ele é só um exemplo, é a voz de muitos, repetida, vejo todos os dias: combate ao discurso de ódio, ao fascismo, ao bolsonarismo etc.

Nunca consigo não falar de censura. É uma ferida que ainda não cicatrizou.

E no quanto este nosso governo é um desgoverno. Posso criticar e falar, em uma democracia a voz soberana é do povo e ele tem o dever de fiscalizar seus funcionários públicos, pagos com seu suado dinheiro de uma montanha de impostos.

E falei nisso tudo para concluir que estão criando muitas cortinas-de-fumaça: Léo Lins é o menor dos problemas da sociedade brasileira.

E outra: muitos falam em ódio, fascismo e proteção de minorias, enquanto eles mesmos cospem discursos de ódio, e apoiam um governo que apoia e financia ditaduras e golpistas como Maduro, lugares  onde não há nenhuma liberdade de expressão se o governo quiser calar. Claro, em a censura é em nome do combate ao ódio, da democracia, dos Direitos Humanos e das minorias… zzz.

Sei o que são discursos de ódio e que Léo Lins pode ter emitido ofensas, como disse. Mas piores são as ofensas pessoais, e fora de um show de humor fechado com aviso de “conteúdo sensível”. Dou muita opinião e por isso já sofri, digamos, “retaliações” que prefiro esquecer.

Exceto, por exemplo, uma recente, da Cibele nutricionista, colunista (conforme se autointitulou) do Portal 247 (2+4+7 = 13, quase enigmático). Ela me perguntou se eu sou filha do Fred (Freddie Krueger, o monstro, piada velha, mas sempre ofensiva e dura de engolir), me chamou de “fascista”: ah, como certas pessoas gostam de falar nessa que é apenas uma das modalidades de ditadura, que no fundo são sempre bem parecidas. Ainda questionei a ela se me chamou mesmo de fascista, ao que não titubeou: sim, chamei. “Você se considera acima da Lei?”, insisti, e ela curtiu, entendi que consentiu. Estou bloqueada agora.

Será que a ofendi por não concordar com ela?

Será mesmo que o ódio é fascista e tem lado? Será que quem insiste em rotular o ódio, enquanto destila ódio, não é de uma falsidade ideológica infame?

HUMOR É INEVITAVELMENTE POLÍTICO: MAS NÃO DEVE SER POLITIZADO

Léo Lins se tornou, como quase tudo hoje no Brasil, um Mar Vermelho de divisão política, antes de uma demanda humanitária.

A prova da divisão política que Léo Lins provocou é que os de Esquerda ficaram massivamente contra ele, e os de Direita ou não-petistas (sim, há não-petistas que não são de Extrema-Direita, e são muitos, eu sou uma dessas pessoas) a favor ou, ao menos, se questionando sobre a pesada pena do artista.

Acho exagero 8 anos de prisão, embora Luana Piovani, com quem ora concordo, ora divirjo, ache que não seja pouco. Acho exagero punir o humor e sua essência corrosiva, em nome de grupos sociais inteiros.

O humor é sempre político porque somos seres originalmente políticos em nossas pólis ou habitações, como perceberam Platão e muitos filósofos. O humor faz parte da natureza humana, e, acredito eu, até da natureza divina. Somos “feitos à imagem e semelhança de Deus”, nós, cristãos, conforme as Escrituras Sagradas. Se você não acredita em Deus, ao menos consulte a historicidade de quão intrínseco é o humor – e há escárnio social – ao ente humano, para o bem e para o mal.

Em suma: se condenaram Léo Lins por ofender grupos sociais com piadas, vamos incluir todos os que podem ter ofendido alguém ou algum grupo social com suas anedotas. O combate ao “humor criminoso”, como disse a ex-juíza de Moraes, não pode ser social ou politicamente tendencioso.

Todos nós temos gatilhos, somos passíveis de críticas e de piadas. Se há algo que a humanidade sabe fazer é criticar, outra coisa, rir dos outros e da vida. Assim nasce e se fomenta o bullying. Garanto que não é legal viver sendo chamada de “facista”, “nazista” e “Eva Braun tupiniquim”.

Em tempo: não tenho a obrigação de esclarecer, mas meu sobrenome alemão é na verdade russo: meu bisavô paterno nasceu no Império da Rússia e se mudou para o Brasil com sua família de origem russo-germânica. Já os bisavós maternos casaram-se na República Tcheca e vieram para o “país das oportunidades com muitas terras”. Ambos deixavam claro que haviam fugido do comunismo. E ainda há alemães de nascença na minha família, mas nunca os vi serem fascistas ou desrespeitosos. E se foram, qualquer um poderia ser, é coisa de caráter, mais ainda que de cultura.

Você já viu o racismo dos portugueses contra os brasileiros? Dos próprios afrodescendentes contra descendentes de alemães ou brancos? Não, não estou minimizando a dívida histórica de ninguém. Mas todos nós merecemos respeito. Ou deveríamos merecer.

Falando em preconceitos…

PRECONCEITOS

Preconceitos todos nós temos. Erros, todos nós cometemos. Mas remanescem várias perguntas: quanto vale um insulto? E dois, e três, a repetição contínua deles? É insulto dependendo de quem fala e quem julga o que foi falado?

Não estou falando sobre mim. Falo sobre você. Sobre nós. Sobre preconceitos que só vemos nos outros e não em nós mesmos. Eu posso falar, você não. Isso sim é um crime.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E LÉO LINS

Afinal o que me cansa neste imbróglio todo de Léo Lins e “o papel do humor” é a politização.

Liberdade de expressão, a gente nunca sabe direito até onde vai.

Depende de quem vê, julga, do que essa pessoa carrega consigo. Há sempre mão humana na Lei. Embora devesse haver menos, no sentido de interpretá-las, em muitos casos. Vejo a Lei cada vez mais seletiva – conforme o lado político ou o grupo social – no Brasil.

A Constituição Federal do Brasil reitera a igualdade entre os brasileiros, e que ninguém está acima da Lei. Sublinha a liberdade de expressão política, ideológica e artística. Muitos estão reinterpretando toda a nossa Constituição, por vezes ignorando-a, assim eu vejo, conforme interesses partidários e pessoais. Há Lei que é Lei e pronto.

E há Lei que seria impossível cumprir: fazer humor e não ofender nenhum grupo social ou pessoa.

“RIR É UM ATO DE RESISTÊNCIA”: O CASO PAULO GUSTAVO

Paulo Gustavo, que saudade! Você tinha razão: “Rir é um ato de resistência”. Nunca falou muito sobre política, até dizia que não entendia. Mas fez muita piada ilustrando – e a meu ver a palavra é essa, “ilustrando” – preconceitos contra gays e pobres. Foi gay, havia sido pobre. Fez piadas com a nata da sociedade. Com gente preta, gente branca, gente feia, mãe-de-santo, fumantes, gordinhos, malandros, andar de avião. Queria rir, mas por que não conscientizar? Alguém poderia ter se ofendido? Certamente, é um risco. Mas acho que muito mais riram que se ofenderam. Até porque Paulo Gustavo, sabiamente, evitou tomar partido político publicamente.

Hoje temos muita gente “mimizenta” que se dói por tudo. Imagine os Mamonas Assassinas em 2025. Os programas de Chico Anysio. Hermes e Renato. Relembre os episódios do Porta dos Fundos. Só alguns exemplos.

Sobre ofensas a grupos sociais, repetindo: somos seres únicos e livres acima de tudo. Ao menos, deveríamos ser em uma democracia. Todo grupo social tem muitas diversidades – ao contrário do que pensam ou querem alguns. E além disso, o humor é uma ferramenta social que fala sobre a sociedade. Difícil ser inofensivo.

Fazer humor é sempre escarnecer. Serve para nos mostrar realidades duras, ou o quão ridícula uma pessoa ou sociedade pode ser, ou a riqueza da diversidade, ou apenas nos ajuda a sobreviver neste mundo tão duro.

Para ofensas pessoais e diretas, a Lei brasileira dispõe de mecanismos de punição. E eles, como o humor, não podem ter lado político. Querer politizar o humor é a pior das piadas de mau-gosto.

DIREITOS HUMANOS ESTÃO EM TUDO

Enfim, acho que esta é a lição: respeitar pessoas, não apenas este ou aquele grupo social. Historicamente, tendemos a nos dividir demais e colidir muito. Os direitos são chamados de “humanos”, de forma abrangente. São para todos. Gostaria de que as leis fossem mais “secas”, fáceis de se aplicar. Mas a natureza humana é complexíssima. E é temerário julgar o humor e o humorista.

Então, como fazer humor sem incomodar a ninguém? Como ser quem somos sem perturbar nada? Impossível.

Bem, podemos tentar ser mais cuidadosos, pacíficos, compreensivos – não indiferentes – e ver as coisas por outros ângulos. Mudar, talvez. Só idiotas nunca mudam, e permanecem sempre com as mesmas palavras, opiniões e pensamentos, mesmo que a vida lhes esfregue na cara o contrário.

Mas fazer politicagem com uma pessoa e um fato logado a ela, o que é humano, demasiado humano, voto “não”. Ainda mais envolvendo humor que é ironia. A Justiça não pode julgar com plenitude a ironia porque não poderá jamais saber as intenções e extensões dela. Minha opinião.

 “Utilização política tendenciosa do humor.” Piada de mau-gosto.

CORTINAS-DE-FUMAÇA ENQUANTO O BRASIL AFUNDA

E, enquanto surgem estas cortinas-de-fumaça (com hífens, para delimitar a formação de um vocábulo culturalmente estabelecido e não um objeto de fumaça) como Léo Lins, o Brasil se afoga. Velhinhos e deficientes roubados no INSS, e há muitos anos, e parece que o atual governo sabia, têm apontado a CGU.

Gastos exorbitantes de Lula e Janja em viagens, a Amazônia e o Cerrado defenestrados, R$ 30 bilhões em orçamento secreto, bilhões em emendas secretas de suborno (“negociações” entre governo e parlamentares) liberadas por Dino recentemente, enquanto o povo não tem carne, café, ovo, tem o quarto menor salário mínimo da América Latina, paga mais de 40% de impostos sobre consumo, encara os maiores juros reais do mundo sobre parcelamento, uma taxação absurda sobre empresas, inflação irrefreável e perseguições e prisões políticas, assim como em 1970s e 1980s. Muita gente estacionou lá e não vê: sim, perseguições e prisões políticas, censura institucional. Judiciário ameaça a democracia brasileira – isso se fala no mundo inteiro, não são “minions”. Dos EUA à Al Jazeera na Arábia.

E isso sim deve nos preocupar e mobilizar: o que se tornou o Brasil – e vai ladeira abaixo. Há quem passe pano no que lhe convém. Aparentemente uma ideologia, mesmo sem prática, pode ser mais importante que exigir mudanças drásticas e urgentes em um país falido em vários sentidos como este. Um país que perdeu a graça, apesar de ser o país dos memes.

Leia mais: O caso Léo Lins e a “utilização política tendenciosa do humor” como cortina-de-fumaça

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