Cada vez mais a ciência tem investido na busca de uma vida longa e saudável, prevenindo doenças e a deterioração do corpo humano. É o que a maioria de nós deseja, mesmo que, na prática, muitas vezes não haja muito esforço para isso. Neste sentido, a alimentação é um dos pilares fundamentais da saúde – junto a exercícios físicos regulares e cuidados com a saúde mental.
“Somos o que comemos (e bebemos)”, essa é uma verdade. Muitos alimentos são sabotadores vorazes do nosso organismo e devem ser evitados.
No topo desta lista sombria estão os alimentos ultraprocessados. Podem ser chamados de “aberrações nutricionais”, formulações industriais repletas de aditivos químicos, açúcares refinados, gorduras saturadas e sódio em excesso, enfim, elementos prejudiciais à saúde física e mental dos consumidores, ameaças a uma vida saudável e longa.
Temos, ainda, os onipresentes óleos vegetais: transprocessados que provocam prejuízos enormes ao corpo humano, ainda mais se elevados a altas temperaturas como em frituras. Prefira o óleo de coco natural, que, aliás, é muito benéfico à saúde, ou óleo de oliva, que agrega inúmeros benefícios ao organismo.
Na realidade, as gorduras trans em geral, frequentemente encontradas em alimentos industrializados como margarinas, biscoitos e alguns tipos de alimentos fritos, são todas danosas. Elevam o colesterol LDL (“colesterol ruim”) e reduzem o colesterol HDL (“colesterol bom”), aumentando consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, cânceres, problemas gastrointestinais etc.
Ainda vale citar as bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados. Elas fornecem grande quantidade de “calorias vazias”, contribuindo para o ganho de peso, cáries dentárias e aumento do risco de diabetes tipo 2. A substituição por água, chás não adoçados e sucos naturais (consumidos com moderação devido ao açúcar naturalmente presente) é uma escolha muito mais sábia. E até mesmo bebidas diet (sem açúcar) ou light são perigosas, ainda mais se adoçadas com aspartame, apontado por muitos cientistas como um dos piores, senão o pior alimento existente.
Não podemos deixar de lado, em especial, as carnes processadas: salsicha, linguiça, presunto, salame e outros embutidos passam por processos de conservação que envolvem a adição de grandes quantidades de sal, nitratos e nitritos. Sem falar em múltiplos corantes para melhorar sua aparência aumentar e sua validade. Estas substâncias estão ligadas ao aumento do risco de doenças cardíacas e cânceres como o colorretal – este vem tendo uma explosão de ocorrências mesmo em pessoas jovens.
AUTOCONTROLE E DISCIPLINA: O SEGREDO
Os alimentos “maléficos” citados acima podem desencadear o desenvolvimento de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer. Salgadinhos, bolachas (ou biscoitos), refrigerantes e macarrão instantâneo são apenas alguns exemplos destes inimigos silenciosos.
Os riscos vão aumentando conforme a idade avança, e ainda mais sem exercícios físicos regulares e controle do estresse e da saúde mental em geral. Há, é claro, o componente genético em relação à propensão em desenvolver certos malefícios, mas não há como saber com exatidão qual é o tênue limite entre a predisposição e causas de origem comportamental.
Aliás, cada vez mais especialistas comprovam que alimentos “contaminados” com certos corantes ou ingeridos em excesso podem abalar a saúde mental. Isso inclui males como TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade -, ansiedade, depressão e agravar casos de autismo, por exemplo.
Então, cuidando da nossa alimentação, do que ingerimos, estamos cuidando não apenas do nosso físico, mas do nosso cérebro e das nossas emoções e comportamentos.
E aí pode ser que você pense, o que é até compreensível: “Puxa, então não posso comer nada! Tem de aproveitar a vida!”. É fato que não sabemos que males poderão nos atingir, por mais que tentemos evitá-los, ou se teremos uma vida breve ou longa. Mas prevenir nunca deixa de ser melhor que remediar, e sempre ajuda.
Bem, é claro que não precisamos ser pessoas alienadas e chatas, que “nunca comem nada”, sempre cumprem à risca sua dieta e ainda ficam vigiando os outros. Somos humanos (“demasiado humanos”) e precisamos nos sentir vivos. Precisamos, de vez em quando, “dar uma extravasada”. Aí é que está: de vez em quando. Feliz ou infelizmente, saúde física e mental exige disciplina e são interdependentes: “Mente sã em corpo são” (e vice-versa).
Sendo assim, aconselho a todos nós evitar ou reduzir drasticamente o consumo destes alimentos prejudiciais. Não é algo milagroso, ou que ocorra da noite para o dia, ou um excessivo rigor que nos tire o prazer de viver. É, antes de tudo, um passo crucial para proteger nossa saúde, agora e no futuro, a partir da disciplina e autoconscientização.
E tem a autoestima: sentir-mo-nos saudáveis, física e mentalmente, na medida do possível, é muito salutar. Ter disposição, vigor, energia, e até uma estética favorecida pelo autocuidado. Vamos nos cuidar e nos amar.
Sem saúde, muita coisa fica difícil de ser realizada, concordam? Então, que tal melhorar nossos hábitos e nossa saúde, inclusive com exames periódicos? É por nós mesmos e por quem amamos. É para viver com mais equilíbrio e paz de espírito.
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