O custo da cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês de fevereiro. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (10), aponta que o café e o tomate foram os produtos que mais encareceram no período.
Apenas Goiânia (-2,3%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%) registraram leve queda nos preços dos alimentos. Por outro lado, as maiores altas foram observadas em Recife (+4,4%), João Pessoa (+2,5%), Natal (+2,2%) e Brasília (+2,1%).
Café e tomate puxam alta dos alimentos
O café foi o item que mais subiu, com aumentos variando entre 6,6% em São Paulo e 23,8% em Florianópolis. Em todas as 17 capitais analisadas, o preço do café em pó apresentou elevação.
Já o tomate teve alta expressiva em 15 capitais, com destaque para:
- Recife (+44,5%)
- Belo Horizonte (+24,5%)
- Natal (+22,1%)
- Rio de Janeiro (+20,7%)
Além disso, a carne bovina de primeira também ficou mais cara em 11 cidades analisadas.
São Paulo tem a cesta básica mais cara do país
A capital paulista continua liderando o ranking da cesta básica mais cara do Brasil, com um custo de R$ 860,53. Outras cidades com valores elevados incluem:
- Rio de Janeiro (R$ 814,90)
- Florianópolis (R$ 807,71)
- Campo Grande (R$ 773,95)
Por outro lado, os menores preços foram registrados no Nordeste:
- Aracaju (R$ 580,45)
- Recife (R$ 625,33)
- Salvador (R$ 628,80)
Salário mínimo deveria ser 4,7 vezes maior, diz Dieese
Com base no custo da cesta básica mais cara (São Paulo), o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas essenciais de uma família deveria ser de R$ 7,2 mil — cerca de 4,7 vezes o valor atual de R$ 1,5 mil.
O estudo reforça os desafios enfrentados pelos trabalhadores brasileiros diante da alta dos alimentos e do impacto da inflação no poder de compra.
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