O prefeito de Carmo do Rio Claro, Felipe Carielo (PSD), tomou uma decisão polêmica ao proibir a reprodução de músicas de funk nas escolas municipais. O decreto, que entrou em vigor no dia 6 de janeiro, também abrange outros gêneros musicais com letras consideradas inadequadas para crianças e adolescentes. Carielo justificou a medida como uma forma de “cortar pela raiz” o acesso dos estudantes a conteúdos que não estariam alinhados com o ambiente escolar.
A decisão gerou um intenso debate na cidade e entre especialistas. A advogada Maria Alice Almeida Pereira criticou a proibição, argumentando que ela infringe a liberdade de expressão cultural garantida pela Constituição. Em contraste, a socióloga Terezinha Richartz sugeriu que as escolas devem promover a formação crítica dos alunos e propôs alternativas, como projetos educativos e diálogos com a comunidade, ao invés de recorrer a restrições.
Além de constantes glamorização do crime, o estilo musical com frequência promovem a sexualização precoce.

Em resposta às críticas, a prefeitura informou que realizará reuniões com professores e diretores para orientar sobre a implementação do decreto nas escolas. Carielo reafirmou que o objetivo é proteger os valores educativos, destacando que muitas letras de funk contêm mensagens de “duplo sentido” que, segundo ele, não são apropriadas para o contexto escolar.
No entanto, especialistas em educação sugerem que, ao invés de proibir o conteúdo, as escolas poderiam promover discussões sobre as letras das músicas. Isso permitiria que os estudantes desenvolvessem um senso crítico e participassem de debates construtivos, tornando o aprendizado mais relevante e dinâmico para sua formação cidadã.
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