Em assembleia realizada nesta quinta-feira (27), os trabalhadores terceirizados da educação municipal de Belo Horizonte decidiram suspender a greve iniciada na última segunda-feira (24). A reunião, que contou com a participação de mais de 2 mil pessoas e ocupou três faixas da Avenida Afonso Pena em frente à Prefeitura, resultou na decisão de encerrar temporariamente a paralisação após a administração municipal sinalizar a abertura de negociações sobre pontos não econômicos da pauta de reivindicações e assegurar que não haverá corte de ponto dos grevistas.
A primeira reunião entre representantes dos trabalhadores e do governo municipal está agendada para as 16h desta quinta-feira, na Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão. Até o momento, a Prefeitura mantém a proposta de reajuste salarial de 7%, considerada insuficiente pela categoria em assembleias anteriores. Os trabalhadores esperam que o governo apresente avanços nas demais reivindicações para que possam deliberar sobre a continuidade ou não da mobilização.
A suspensão da greve não representa o fim das mobilizações. Uma nova assembleia está marcada para o dia 10 de março, quando a categoria avaliará as propostas apresentadas pelo governo e decidirá os próximos passos do movimento. Antes disso, uma plenária de representantes ocorrerá em 7 de março para discutir os avanços nas negociações. Os trabalhadores permanecem atentos e organizados, cobrando respeito e melhores condições de trabalho.
A mobilização dos terceirizados tem gerado impacto significativo, levando o poder público a reconhecer a importância desses profissionais na educação municipal. O prefeito em exercício, Álvaro Damião, chegou a visitar o acampamento dos trabalhadores na manhã desta quinta-feira, demonstrando a relevância do movimento.
Entre as principais reivindicações da categoria estão um reajuste salarial superior aos 7% oferecidos pela Prefeitura e pela MGS (empresa responsável pela contratação dos terceirizados), além de melhorias nas condições de trabalho. A expectativa é que a suspensão temporária da greve seja vista como um gesto de boa-fé para o avanço das negociações e que as demandas dos trabalhadores sejam atendidas de forma satisfatória.
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