Os funcionários terceirizados da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, vinculados à Minas Gerais Administração e Serviços (MGS), decidiram encerrar a greve iniciada em 24 de fevereiro. A decisão foi tomada em votação apertada nesta segunda-feira (10), após a categoria aceitar a proposta de negociação apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
O acordo prevê um reajuste de 7% nos salários e no vale-alimentação, além do estorno do corte de ponto dos dias paralisados, incluindo a manutenção do benefício do vale-alimentação. Os trabalhadores também garantiram que não haverá punições relacionadas à greve. A reposição dos dias parados será definida pela Secretaria Municipal de Educação (SMED).
Reivindicações e descontentamento da categoria
Apesar do fim da paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) destacou que a votação apertada reflete a insatisfação dos trabalhadores com suas condições de trabalho. Segundo a entidade, os terceirizados da educação enfrentam baixos salários e jornadas extensas, e seguirão mobilizados por melhores condições.
Os profissionais reivindicavam:
- Reajuste salarial com recomposição da inflação e 10% de ganho real;
- Equiparação salarial com trabalhadores de funções similares em Belo Horizonte e região metropolitana;
- Fim da escala de trabalho 6×1;
- Redução da jornada sem redução salarial.
Em nota, o Sind-REDE/BH destacou que, embora a greve tenha sido encerrada, a luta por melhores condições de trabalho continuará. “O movimento conseguiu avanços expressivos no reconhecimento da categoria pelo poder público e deu grande visibilidade à luta pela redução da jornada de trabalho”, declarou o sindicato.
A entidade também criticou a prefeitura, afirmando que Belo Horizonte paga os piores salários da região metropolitana e mantém uma das maiores jornadas de trabalho. O Sind-REDE/BH garantiu que acompanhará de perto a implementação dos compromissos assumidos pela PBH e continuará pressionando por avanços nas condições de trabalho dos terceirizados da educação.
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