A cidade de Extrema, localizada no Sul de Minas Gerais, está reforçando suas ações de vacinação contra a febre amarela após a confirmação de dois casos recentes da doença no município. O mais recente, registrado em 14 de fevereiro de 2025, envolve um homem de 69 anos que, apesar de inicialmente apresentar um quadro grave, está em recuperação. Anteriormente, em janeiro, um jovem de 21 anos, residente em Bragança Paulista (SP) e trabalhador em Extrema, faleceu em decorrência da doença.
Para conter a disseminação do vírus, a Secretaria Municipal de Saúde de Extrema implementou uma campanha de vacinação porta a porta, especialmente nas áreas onde os pacientes infectados estiveram. Além disso, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ampliaram seu horário de atendimento até as 21h para facilitar o acesso da população à imunização.
O secretário de Saúde, André Borges, destacou a importância dessas medidas: “Estamos verificando os cartões de vacina e imunizando quem ainda não recebeu a dose, priorizando a proteção da população”. Nos últimos 15 dias, aproximadamente 3,5 mil doses foram aplicadas, com a meta de alcançar 95% de cobertura vacinal, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde.
A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos, como o Haemagogus e o Sabethes no ciclo silvestre, e pelo Aedes aegypti no ciclo urbano, embora não haja registros deste último desde 1942. A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível em todas as UBS do município. O esquema vacinal prevê duas doses para crianças menores de cinco anos e uma dose única para indivíduos entre 5 e 59 anos que ainda não foram vacinados. Pessoas com 60 anos ou mais devem consultar um médico antes de se vacinarem.
Além das ações de vacinação, a prefeitura lançou a campanha “Febre Amarela mata quem não se protege contra ela” em suas plataformas oficiais, visando ampliar a conscientização sobre a doença e incentivar a população a procurar os postos de saúde para se imunizar.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforçou a vigilância epidemiológica na região, especialmente no Sul do estado, adotando estratégias como busca ativa de não vacinados, capacitação de profissionais para identificação de casos e campanhas de conscientização.
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