A Justiça de Belo Horizonte decidiu manter detido o homem de 32 anos acusado de atropelar intencionalmente e matar Gabriel de Oliveira da Silva, de 26 anos, que vivia em situação de rua. O incidente ocorreu na manhã de sábado, 29 de março, na Rua Conselheiro Rocha, bairro Floresta, em frente ao Albergue Tia Branca. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada no domingo, 30 de março, na qual a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
Detalhes do incidente
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um Fiat Palio azul avançou em alta velocidade sobre a calçada, atingindo Gabriel, que morreu no local. Testemunhas relataram que, antes do atropelamento, o motorista estacionou o veículo, desceu e observou os presentes de forma intimidadora. Em seguida, entrou no carro, deu a volta no quarteirão e acelerou em direção ao grupo, subindo no passeio para atingir a vítima.
Versão do suspeito
Após ser localizado pela Polícia Militar em sua residência no bairro Santa Tereza, o suspeito alegou que havia sido cercado por aproximadamente 15 pessoas na Rua Conselheiro Rocha, sendo atingido por duas facadas no pescoço e tórax. Ele afirmou que, ao tentar fugir, saiu em alta velocidade e acabou colidindo com algumas pessoas. No entanto, essa versão não foi corroborada pelas evidências coletadas pela polícia.
Histórico criminal e decisão judicial
O juiz José Xavier Magalhães Brandão destacou que o suspeito possui antecedentes criminais por ameaça, agressão, tentativa de homicídio e tráfico de drogas. Além disso, estava em liberdade condicional desde outubro de 2024. Diante da gravidade do crime e da reincidência, o magistrado decidiu pela manutenção da prisão preventiva para garantir a ordem pública.
Contexto social
O Albergue Tia Branca, em frente ao qual ocorreu o incidente, é um abrigo municipal que oferece acolhimento a pessoas em situação de rua. A região é conhecida pela presença significativa de indivíduos vulneráveis, o que ressalta a gravidade do ocorrido e a necessidade de medidas que garantam a segurança dessas populações.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer todas as circunstâncias do crime e assegurar a justiça para a vítima.
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