Um episódio de tensão na Justiça de Minas Gerais ganhou repercussão nacional nesta quarta-feira (25) após a divulgação de imagens fortes de uma audiência de custódia realizada na Vara Criminal de Lavras, no Sul de Minas. O vídeo mostra Sullivan Luiz Carlos, de 23 anos, adotando uma postura agressiva e ameaçadora diante da magistrada, o que resultou na conversão de sua prisão em flagrante para prisão preventiva.
A audiência ocorreu no dia 5 de junho, mas só agora foi amplamente compartilhada, gerando indignação e debates sobre a atuação do Judiciário frente a réus reincidentes e com comportamento violento.
Sullivan havia sido preso em 28 de maio por tráfico de drogas, foi liberado no dia 1º de junho, mas acabou preso novamente em 3 de junho, voltando rapidamente à custódia da Justiça.
Durante a audiência, visivelmente alterado, o jovem se declarou “inimigo número 1 do Estado” e afirmou em alto tom: “Vocês não me intimidam, não. Aqui é o crime!”, proferindo ameaças diretas às autoridades presentes.
⚖️ Juíza vê risco real à ordem pública
Diante da atitude do réu, a juíza Patrícia Narciso Alvarenga, que atuava como substituta na audiência, não teve dúvidas: classificou o comportamento como indicativo de “alto grau de periculosidade” e justificou a conversão da prisão com base no risco à ordem pública e às instituições democráticas.
Segundo ela, a manifestação de desprezo pelas instituições públicas e o incentivo à violência são elementos suficientes para justificar a prisão preventiva, principalmente diante da reincidência em crimes graves.
“Trata-se de réu que demonstra predisposição para enfrentar o Estado, matar e morrer em nome do crime organizado”, destacou a magistrada em sua decisão.
📽️ Vídeo viralizou nas redes
As imagens da audiência foram compartilhadas amplamente nas redes sociais nesta quarta, causando comoção e gerando reações de apoio à juíza. Em nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) reforçou que situações como essa mostram a importância da atuação firme do Judiciário diante de ameaças à integridade dos servidores e ao funcionamento da Justiça.
A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) também emitiu nota prestando solidariedade à juíza e reforçando a importância de garantir ambiente seguro para o exercício da magistratura.
🚔 Reincidência e tráfico: um padrão preocupante
Casos de reincidência como o de Sullivan Luiz Carlos reforçam a discussão sobre a efetividade das prisões provisórias e o uso de medidas cautelares alternativas, especialmente em situações envolvendo tráfico de drogas e conexões com facções criminosas.
Segundo dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mais de 40% da população carcerária brasileira é composta por presos provisórios, muitos dos quais voltam a delinquir em menos de 30 dias após serem soltos — fenômeno agravado pela falta de monitoramento eficaz e ausência de reinserção social.
Leia mais: “Aqui é o crime!”: Homem ameaça juíza durante audiência em Lavras (MG) e tem prisão convertida em preventiva
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