Uma operação integrada entre órgãos de segurança e fiscalização resultou, nesta quinta-feira (3), na maior apreensão de cigarros contrabandeados registrada este ano em Minas Gerais. A ação ocorreu em Nova Serrana, no Centro-Oeste mineiro, e envolveu a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e Receita Estadual.
As autoridades chegaram ao galpão localizado no bairro Mont Serrat após denúncias que indicavam o local como depósito clandestino. Munidas de mandado judicial, as equipes entraram no imóvel e se depararam com um verdadeiro centro de distribuição do crime organizado.
Foram encontradas cerca de 3.500 caixas de cigarros de diversas marcas, o equivalente a mais de 70 milhões de unidades. Além dos cigarros, havia 12 toneladas de bobinas de papel e filtros, insumos usados na produção clandestina, e um bloqueador de rastreamento veicular, equipamento que reforça a suspeita de atuação de quadrilhas especializadas no transporte e distribuição do produto de forma a escapar de barreiras policiais.
Crime organizado e prejuízo milionário
Todo o material foi apreendido e transportado em cinco carretas e um caminhão trucado, sob forte escolta, até o depósito da Receita Federal. A perícia técnica esteve no local para os levantamentos necessários. A investigação, a partir de agora, está sob responsabilidade da Polícia Federal.
Um homem foi identificado como responsável pelo imóvel e acompanhou a ocorrência na presença de seu advogado. Ainda não há informações sobre possíveis prisões preventivas ou indiciamentos formais.
Impacto para o Estado e o país
Além de ser uma porta de entrada para o crime organizado, o contrabando de cigarros representa um grande rombo para os cofres públicos. Dados do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) apontam que, só em 2023, o Brasil perdeu mais de R$ 10 bilhões em arrecadação de impostos devido ao comércio ilegal de cigarros, que representa cerca de 40% de todo o mercado nacional.
Segundo especialistas, o lucro com o contrabando financia outras atividades ilícitas, como tráfico de drogas e armas. Minas Gerais, por estar estrategicamente localizada no corredor logístico do país, é frequentemente utilizada como rota de distribuição desses produtos ilegais.
Integração no combate ao crime
A megaoperação em Nova Serrana demonstra a eficácia da integração entre os órgãos públicos. “É uma resposta importante ao crime organizado e àqueles que insistem em explorar atividades ilícitas, prejudicando a economia e colocando em risco a saúde pública”, destacou um porta-voz da Polícia Rodoviária Federal.
As investigações seguem para identificar toda a cadeia criminosa envolvida no esquema e outras possíveis rotas de distribuição do produto contrabandeado.
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