Uma mulher de 21 anos sofreu agressões físicas e psicológicas ao ser mantida em cárcere privado pelo companheiro, de 28 anos, após questionar sobre uma possível traição. O incidente ocorreu em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais, na última segunda-feira (10 de março). O suspeito foi preso em flagrante sob acusações de posse ilegal de arma de fogo, injúria, resistência e cárcere privado.
Conforme relato da vítima à Polícia Militar (PMMG), a discussão teve início durante a madrugada, quando ela confrontou o parceiro sobre suspeitas de infidelidade. Em resposta, o homem a insultou com termos como “gorda”, “barriguda” e “fedorenta”, além de afirmar que ela “merecia levar galha mesmo”. Tentando deixar a residência, a mulher foi impedida pelo companheiro. Ela também revelou que ele não permitia que trabalhasse fora de casa e que, em ocasiões anteriores, a havia ameaçado com uma arma de fogo e agredido fisicamente.
A PM, ao chegar ao local, encontrou o suspeito que negou as acusações. No entanto, ao interrogar a vítima, os policiais descobriram que o homem possuía um revólver calibre .38 escondido no fogão, juntamente com munições. Ao perceber a aproximação dos militares, o suspeito tentou fugir, mas foi capturado após cair durante a tentativa.
Este caso se soma a outros registros de violência doméstica em Minas Gerais. Em abril de 2024, uma mulher de 26 anos foi mantida em cárcere privado e agredida pelo companheiro em Governador Valadares, na região do Vale do Rio Doce. Ela foi resgatada após a mãe acionar a polícia devido ao desaparecimento da filha e das netas.
Em fevereiro de 2024, dois homens de 37 e 40 anos foram presos em Ubaporanga, também no Vale do Rio Doce, por tortura e cárcere privado contra uma mulher de 36 anos. A vítima foi mantida em cativeiro por sete dias, período em que sofreu agressões físicas severas.
Esses incidentes ressaltam a necessidade de atenção contínua às questões de violência doméstica no estado. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 181, garantindo anonimato e contribuindo para a proteção de vítimas em situação de risco.
Leia mais: Mulher é mantida em cárcere privado e agredida após confrontar companheiro sobre traição em Barão de Cocais- Estudo da USP questiona eficácia e segurança do uso de máscaras contra a COVID-19
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