Nas eleições municipais deste ano, 775 municípios brasileiros não elegeram nenhuma mulher para a Câmara Municipal, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse número representa aproximadamente um em cada sete municípios sem presença feminina no Legislativo local. Embora significativo, o dado aponta uma melhora em comparação com 2020, quando 929 cidades ficaram sem vereadoras.
Minas Gerais liderou a eleição de mulheres vereadoras, com 1,3 mil eleitas, seguido por São Paulo, com 1,2 mil. Por outro lado, Roraima e Amapá tiveram os menores números, elegendo apenas 40 e 41 mulheres, respectivamente.
O percentual de mulheres eleitas para as câmaras municipais apresentou um leve crescimento. Em 2020, 83,87% das cadeiras eram ocupadas por homens, contra 16,13% por mulheres. Este ano, as mulheres subiram para 18,24% dos eleitos, enquanto os homens correspondem a 81,76%.
Nas capitais, o aumento foi mais significativo, com a participação feminina subindo de 17% para 21%. São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Boa Vista e Cuiabá se destacaram, com pelo menos 30% das cadeiras ocupadas por mulheres. São Paulo lidera, com 36% das vagas para vereadoras, e duas mulheres estão entre as cinco mais votadas: Ana Carolina Oliveira (Podemos) e Amanda Paschoal (PSOL).
Tauá Pires, diretora de Incidência do Instituto Alziras, elogiou o avanço, mas destacou que ele ainda é insuficiente, apontando que 78 cidades paulistas seguem sem representação feminina. Ela também considerou tímido o crescimento da presença feminina nas prefeituras, que passou de 12,07% em 2020 para 13,23% neste ano, com expectativas para o segundo turno, em que sete mulheres disputam o comando de capitais.
Vereadoras eleitas em 2024, em Belo Horizonte
- Professora Marli (PP)
- Iza Lourença (PSOL)
- Fernanda Pereira Altoé (Novo)
- Marcela Trópia (Novo)
- Flávia Borja (DC)
- Loíde Gonçalves (MDB)
- Luiza Dulci (PT)
- Cida Falabella (PSOL)
- Janaina Cardoso (União)
- Juhlia Santos (PSOL)
- Dra. Michelly Siqueira (PRD)
- Marilda Portela (PL)
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