As empresas estatais federais e estaduais do Brasil registraram um rombo de R$ 7,2 bilhões entre janeiro e agosto de 2024, o maior déficit desde o início da série histórica em 2002, segundo dados do Banco Central. Esse resultado é impulsionado por déficits de R$ 3,3 bilhões nas estatais federais e R$ 3,8 bilhões nas estaduais, sem considerar empresas como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O cenário reflete um momento crítico para a economia do país, com o governo discutindo uma reestruturação dos gastos públicos. A equipe econômica, liderada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), propôs mudanças para reduzir a dependência das estatais em relação ao Tesouro Nacional.
Atualmente, 17 estatais dependem de recursos do Tesouro, e o governo planeja criar mecanismos para que essas empresas se tornem independentes, por meio de contratos de gestão que estabelecerão metas de eficiência e sustentabilidade financeira. Estatais como a Embrapa e a Conab estão na lista das que podem aderir a essa transição, buscando uma maior autonomia financeira.
Essas propostas vêm em meio a um contexto de ajustes fiscais necessários para estabilizar as contas públicas, que registraram um déficit acumulado de R$ 256,3 bilhões nos últimos 12 meses, equivalente a 2,26% do PIB. O objetivo do governo é evitar que as estatais continuem a pressionar o orçamento público, promovendo uma gestão mais eficiente e sustentável.
Para comentar as reportagens acesse; https://www.facebook.com/BHaovivoNews/ , https://x.com/Bhaovivonews e/ou https://www.threads.net/@bhaovivonews