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MP deflagra operação contra frigoríficos em Formiga por venda de carne imprópria para consumo, incluindo merenda escolar

Com informações: MPMG

Nesta segunda-feira, 18 de março, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu início à Operação Fort Summer, com o intuito de investigar frigoríficos na cidade de Formiga que estavam envolvidos em uma série de crimes, incluindo a comercialização de carne inadequada para o consumo humano, que, alarmantemente, estava sendo fornecida para a merenda escolar de escolas municipais.

A operação, conduzida pela 2ª e 4ª Promotorias de Justiça de Formiga, recebeu apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) regional Centro-Oeste, do Procon Estadual, do 2° Pelotão da 7ª Companhia PM de Meio Ambiente e do 63° Batalhão da Polícia Militar. Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em residências e empresas dos investigados.

A investigação teve início em um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo MPMG para apurar crimes que incluem furto/receptação de gado, maus-tratos a animais, falsidade ideológica e delitos ambientais. Durante as diligências, foi descoberto que os envolvidos mantinham um depósito onde vendiam produtos alimentícios adulterados ou corrompidos, inclusive misturando gêneros e mercadorias de espécies diferentes para vendê-los como puros, a preços inflacionados.

Os investigados adquiriam animais doentes a preços reduzidos, realizavam abates clandestinos e comercializavam a carne imprópria para consumo, colocando em risco a saúde pública. Há indícios também de lavagem de dinheiro, que estão sendo investigados.

Destaca-se que boa parte dessa carne imprópria estava sendo destinada à merenda escolar, uma vez que as empresas envolvidas conseguiam vencer licitações municipais devido aos preços artificialmente baixos.

Outra grave constatação foi a falta de observância dos procedimentos legais para o abate de animais, resultando em maus-tratos, em desacordo com a legislação ambiental. Além disso, os investigados utilizavam de maneira indevida selos públicos, como as etiquetas e carimbos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), para benefício próprio.

A operação contou com a participação de promotores de Justiça, policiais militares do Policiamento de Meio Ambiente e do 63º Batalhão, policiais do Gaeco e civis, além de servidores do MPMG.

 

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