Um jovem de 20 anos foi preso nesta sexta-feira (4) pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) acusado de agredir violentamente a própria mãe, no bairro Saudade, região Leste de Belo Horizonte. O caso chocou a vizinhança pela futilidade do motivo que teria levado o suspeito a cometer o crime: a lentidão da conexão de internet.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima, uma mulher de 40 anos, relatou que as agressões começaram na última terça-feira (1º), quando o filho se irritou com problemas na conexão. Enfurecido, o jovem teria dado uma coronhada na cabeça da mãe, causando um corte que precisou de atendimento médico. Ela foi socorrida e recebeu alta após ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste.
Além da agressão física, a mulher contou à polícia que foi ameaçada de morte pelo filho, o que intensificou o clima de terror na residência. O caso foi denunciado imediatamente, e a Justiça expediu um mandado de prisão contra o agressor.
A prisão foi realizada nesta sexta-feira no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, durante uma operação da Rocca (Rondas Ostensivas com Cães). De acordo com a Polícia Militar, o jovem é conhecido por envolvimento com o tráfico de drogas na região e já possuía outras passagens policiais.
Violência doméstica preocupa autoridades
O caso expõe novamente o grave cenário da violência doméstica em Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que, somente nos primeiros quatro meses de 2025, foram registradas mais de 28 mil ocorrências de violência doméstica e familiar no estado, uma média de mais de 230 casos por dia.
Especialistas alertam que episódios de violência contra familiares, muitas vezes por motivos banais, podem estar associados a quadros de dependência química, transtornos psiquiátricos ou uso abusivo de drogas ilícitas — problemas que exigem não apenas resposta policial, mas acompanhamento psicológico e social das famílias envolvidas.
A vítima, segundo a PM, foi orientada a buscar medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha, para garantir sua segurança enquanto o processo tramita na Justiça.
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