Com candidatos em apenas quatro das 15 capitais onde haverá segundo turno, o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta dilemas estratégicos para se posicionar em cidades onde os dois candidatos finalistas são de direita. Em cinco dessas capitais — Curitiba, Goiânia, Manaus, Campo Grande e Porto Velho —, o partido adotou a neutralidade, mas alas internas decidiram apoiar o que consideram o “menos pior”.
Em Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD) enfrenta Cristina Graeml (PMB), que conta com apoio de Jair Bolsonaro. Apesar de não declarar apoio oficial, o PT atua nos bastidores para conter a vitória de Graeml. Em Goiânia, o partido prefere Sandro Mabel (União Brasil), apoiado pelo governador Ronaldo Caiado, ao bolsonarista Fred Rodrigues (PL), mas oficialmente mantém-se neutro.
A situação em Campo Grande é similar, onde Rose Modesto (União Brasil) disputa contra a atual prefeita Adriane Lopes (PP). Embora haja afinidade com Modesto, o PT optou por não apoiá-la publicamente para evitar associações com a esquerda e proteger sua campanha junto ao eleitorado conservador.
Porto Velho apresenta o cenário mais complicado, com dois candidatos bolsonaristas, Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos), o que levou o PT a não se envolver na disputa.
Entretanto, em outras quatro capitais, o PT tomou partido, como em João Pessoa, onde apoia o prefeito Cícero Lucena (PP) contra Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro de Bolsonaro. Contudo, o candidato petista derrotado, Luciano Cartaxo, não seguirá essa orientação.
Em Aracaju, o apoio a Luiz Roberto (PDT) também gerou controvérsia, enquanto em Manaus, o partido orientou voto contra Capitão Alberto Neto (PL), liberando os filiados para apoiarem o atual prefeito, David Almeida (Avante), ou não.
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