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Surto de doenças respiratórias leva governo de Minas a abrir mais de 50 leitos em BH

Com a rede hospitalar pressionada pelo aumento expressivo de casos de doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos, o Governo de Minas anunciou nesta sexta-feira (9/5) a ampliação emergencial da capacidade hospitalar em Belo Horizonte. Ao todo, mais de 50 novos leitos serão abertos em hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em uma tentativa de conter a superlotação nas unidades de saúde durante o atual pico sazonal.

As novas vagas estão distribuídas entre o Hospital Infantil João Paulo II (10 leitos de UTI pediátrica), Hospital Júlia Kubitschek (10 leitos clínicos adultos e 10 de UTI neonatal), Maternidade Odete Valadares (10 leitos neonatais de cuidados intermediários) e Hospital Eduardo de Menezes (10 leitos de UTI adulto). A ampliação também inclui a reativação de leitos semi-intensivos já iniciada em março.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o reforço busca atender à alta demanda causada por infecções como gripe, bronquiolite e outras viroses comuns no outono e no inverno. Em abril, foram registradas 8.499 internações por doenças respiratórias no estado — um aumento de 27% em relação a março. A maioria dos pacientes pertence a grupos vulneráveis: 5.045 idosos e 1.365 crianças com menos de um ano de idade.

No Hospital Infantil João Paulo II, a situação é crítica. A unidade ultrapassou 120% de sua capacidade, recebendo uma média de 400 atendimentos diários e operando com todos os leitos de UTI pediátrica ocupados. Só em abril, 5.564 pacientes passaram pelo pronto atendimento do hospital.

Crise nas unidades e ameaça de greve

Enquanto o governo tenta aliviar a pressão sobre os hospitais, trabalhadores da saúde intensificam os protestos. Na manhã desta sexta, servidores da Fhemig realizaram uma manifestação em frente ao Hospital João XXIII e seguiram em passeata até a Praça Afonso Arinos, cobrando melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Neuza Freitas, presidente do Sindicato Único dos Servidores da Saúde de Minas Gerais (SindSaúde-MG), alertou para a possibilidade de greve. “Estamos em pré-aquecimento. O governo pode brincar com o que quiser, menos com a saúde de Minas Gerais”, afirmou. As reivindicações incluem a reposição das perdas inflacionárias, estimadas em 4,6%, e a contratação de novos profissionais.

Carlos Augusto dos Passos Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fhemig (Sindpros), reforçou as críticas: “Essas condições comprometem a assistência aos pacientes. Queremos o mínimo: estrutura e respeito”.

Emergência em saúde pública

Diante do agravamento da crise, o governo estadual decretou situação de emergência em saúde pública no último dia 2 de maio. Desde então, várias ações foram adotadas: abertura de 110 vagas para reforçar equipes em hospitais da capital, ampliação da rede de monitoramento e intensificação da vacinação.

Oito municípios mineiros já seguiram o exemplo do estado e decretaram situação de emergência: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete.

Além disso, a Sala de Monitoramento de Vírus Respiratórios e o Comitê Estadual de Vírus Respiratórios foram mobilizados para acompanhar em tempo real a evolução dos casos e orientar as medidas de resposta.

A expectativa da SES-MG é de que o pico das doenças respiratórias se estabilize nas próximas semanas, com tendência de queda a partir da segunda quinzena de maio. “O número de casos está dentro do esperado para esta época do ano”, afirmou o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti.

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